23-03-2014, 09:05 PM
(Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 23-03-2014, 09:09 PM por Giovanni.)
Após o episódio da chácara, notei em sua face um semblante de raiva e nojo, poucas palavras foram trocadas e logo depois se deu lugar ao silêncio.
Sem telefone, sem internet, sem e-mail, apenas sabia que ela sofria por algo que supostamente achava que eu tinha feito.
Não a procurei novamente pelos dias que se sucederam porém não a conseguia tirar da minha cabeça.
Não era mais uma GP ou uma das vadias do PAC-B.
O Natal e ano novo se aproximando, sem idéias do que fazer resolvi que iria voltar as origens e ficar com a família e tentar me aproximar dela.
Tive a brilhante idéia de colocar uma pequena escuta na casa da minha mãe, e acabei por escutar uma reunião de família a qual falavam abertamente de mim.
Insufladas por seus respectivos maridos que sem palpas na língua me criticavam por não beneficiá-los, não ceder aos seus caprichos dente eles a tão sonhada sociedade e participação nos lucros dos meus empreendimentos,
Em outras palavras disseram, se ele não nos beneficia, vamos ignorá-lo, vamos dar um gelo nele.
Aquilo me derrubou, independente do quão forte eu tentasse ser, sempre dei valor a família, ao sangue, talvez porque desde cedo tive que assumir o papel de homem da casa, protetor.
Poxa, beneficiá-los além do que já os beneficio é assinar um atestado de trouxa, principalmente com os agregados que claramente querem ter ascensão social sem nunca ter sacrificado na vida.
Fui imediatamente para lá, e ao chegar a expressão de espanto em me ver com misto de raiva veio a confirmar os sentimentos que eles insuflaram em minha família.
Notei que ao entrar no ressinto, meu cunhado se retirou e em uma conversa inaudível sussurravam do lado de fora da casa e ao perguntar o que estava acontecendo o mesmo explodiu me xingando, falando que eu não valorizo a família, o que eu estava fazendo ali, que eu era um vendido.
O Mais interessante é que de alguma forma, conseguiram contaminar minha mãe, minhas irmãs...
Aquela cena foi desprezível, ouvi tudo aquilo calado e eles se postaram entre mim e ele com medo que eu fosse bater nele.
Olhei para minha mãe mas não vi ali reação alguma, nenhuma expressão, apenas tristeza e surpresa insuflada pelas minhas irmãs e seus respectivos maridos e meu padrasto.
Mas, o sentimento de surpresa deu lugar a alegria, a matrix da família perfeita e sorridente foi rompida naquele
Ao invés de bater boca, virei as costas e fui embora sem dizer uma palavra sequer.
Indo pro carro, minha irmã mais velha veio atrás de mim mandando eu pedir desculpas a ele e tentou me segurar para não ir embora, mas entrei no carro e sai sem dizer uma única palavra.
Um sentimento de luto tomou conta de mim, uma espécie de luto e tristeza, havia perdido minha família e naquele momento a sensação era de como se estivesse só no mundo.
Quando mais eu tentava entender o que aconteceu, mais eu chegava a conclusão de que a raiz do problema estava no consumismo delas e a ambição de seus maridos.
Fermentaram entre si a ideia de que eu não estava fazendo o suficiente por eles.
Aquilo foi remoendo minha cabeça, tentando compreender o que tinha acontecido, somado ao problema da menina, transição turbulenta nos negócios, ansiedade por planos futuros.
Já não dormia a alguns dias, desenvolvi o problema da insônia e passei a abusar do álcool e calmantes tarja preta como cheguei a citar algumas vezes por aqui.
Um dos agravantes é que a algum tempo eu tomo uma formula para manter o peso em substâncias que alteram o metabolismo e o humor.
Sozinho, imerso em pensamentos e conjecturas tentando compreender e traçar uma solução me afundava ainda mais em bebidas e calmantes.
Tive nesse período alguns episódios de crise nervosa, talvez por eu me conter demais com minha postura política, creio que tenha explodido tudo de uma vez tive que procurar ajuda médica.
Naquele momento pude perceber que estava errando em algum ponto, e nisso pude notar que havia me apegado demais aquela menina.
Não amor, não sei o que é isso, mas uma conexão muito forte.
Projetei nela algo que nunca tive na minha vida e acabei me apegando, ao mesmo tempo a coloquei em testes que sabia que ela não suportaria como mulher e na minha imensa incapacidade de demonstrar afeto a coloquei como um rato em um labirinto que eu projetei sabendo que ela não resistiria.
Estava passando por uma fase ruim, confusa a qual mesmo estando no erro não era capaz nem tinha humildade para reconhecer que estava atolado até o pescoço na matrix novamente.
Um homem na minha posição,que raramente foi questionado em suas atitudes, acabei por transparecer meus maiores defeitos, a falta de humildade, a arrogância, a prepotência.
Teve um dia que me entupi de calmantes e bebida além dos limites e fui encontrado no dia seguinte pela minha empregada desacordado sobre meu próprio vômito e acabei hospitalizado.
Ali me senti um lixo, fraco e me veio e a todo momento me vinha a frase do tyler durden na cabeça.
"Você não é o seu emprego.
Nem quanto ganha ou quanto dinheiro tem no banco.
Nem o carro que dirige.
Nem o que tem dentro da sua carteira.
Nem a porra do uniforme que veste.
Você é a merda ambulante do mundo que faz tudo pra chamar a atenção.
Nós não somos especiais.
Nós não somos uma beleza única.
Nós somos da mesma matéria orgânica podre, como todo mundo."
As coisas passaram a ficar com uma clareza de certa forma insuportável.
No tempo que fiquei afastado daqui, acredito que amadureci bastante e refleti que a forma que eu estava vivendo não era certa.
Nos dias que sucederam, era como se eu tivesse renascido das cinzas.
Joguei fora as bebidas, os calmantes e passei a cuidar de cada ponta solta que eu tinha deixado na minha vida começando por ela.
Isso faz parte da vida, e do processo de aprendizado, mas só tem utilidade quando você reconhece isso sem vergonha nenhuma e não tenta se justificar pintando seu fracasso de experiência.
Retomei com ela após alguns dias, mas vi que a forma que estava levando essa relação não era saudável, já não era tão agradável ter controle total sobre a vida dela.
Arrumei um emprego muito bom para ela e a coloquei na faculdade, o emprego foi cortesia de um amigo que me devia alguns favores, é o suficiente para ela se bancar, sustentar a casa, comprar suas coisas e ainda sobra bastante, não gasto mais 1 centavo com ela.
Também arrumei um emprego melhor para mãe dela na empresa de um outro amigo e ela deixou de ser faxineira, sem contar que se animou a voltar a estudar.
Convenci as duas a saírem da região onde moravam pois já não condizia com a situação atual delas.
Aos olhos de muitos pode parecer manginagem, mas não conseguiria seguir em paz na minha vida se deixasse essa ponta solta.
Assim, poderia sair de cena sem causar danos na esperança que ela naturalmente se afasta-se de mim e seguisse sua vida.
Não contei para ela o que havia acontecido, mas ela percebeu e ao invés dela se afastar de mim se aproximou mais ainda.
Mesmo em pouco tempo ela mudou, está mais interessante, adquirindo conteúdo.
Nos vemos esporadicamente, mas não tenho mais o desejo de controle que tinha sobre ela, tanto que removi todos as escutas e câmeras.
Tenho recebido muitos elogios pelo desempenho dela na empresa, gentil, aplicada e esta se destacando.
E se uma hora ela quiser pular fora e seguir a vida dela, faço votos que tenha sucesso e espero que não se torne mais uma vadia, feminazi ou algo do tipo.
Infelizmente ainda acredito que não sou material para relacionamento, é a minha natureza, e ao seguir nessa idéia, de me apegar estava me enganando e conseqüentemente a ela.
Minha família me procurou poucos dias depois para pedir perdão, um a um, começando pela minha mãe que após vários dias sem contato refletiu sobre o julgamento errado sobre mim e colocou as coisas na família em seu devido lugar, pouco tempo depois um a um veio falar comigo e pedir perdão.
Eu os perdoei e estou dando suporte a eles como sempre dei.
Não sou, não pretendo e jamais viram ou verão eu me denominando como honrado.
Esse sou eu, esta é minha natureza.
Aqui não está o reesse maquiavélico, político, mas sim o reese humano, falho em seu estado mais bruto.
Peço perdão aos confrades que se sentiram ofendidos quanto ao meu posicionamento no tocante a religião, mas em especial ao destro o qual acabei por proferir algumas ofensas a sua crença e a sua pessoa.
A Punição da forma que foi colocada foi injusta, porém de certa forma merecida.
Peço perdão ao barão_kageyama por subverter seu fórum.
Peço perdão ao confrade mandrake, você estava certo.
Estava em um período de "capinação de lote" em uma jornada de auto compreensão e retomando meu desenvolvimento.
Porém, não espero que me permitam continuar, fica a critério de vocês.
Tenho muito respeito pela Real, pelo barão, pelos confrades e não sou um troll como foi colocado.
Apenas, precisava dizer isso.
Atenciosamente;
John Reese.
Sem telefone, sem internet, sem e-mail, apenas sabia que ela sofria por algo que supostamente achava que eu tinha feito.
Não a procurei novamente pelos dias que se sucederam porém não a conseguia tirar da minha cabeça.
Não era mais uma GP ou uma das vadias do PAC-B.
O Natal e ano novo se aproximando, sem idéias do que fazer resolvi que iria voltar as origens e ficar com a família e tentar me aproximar dela.
Tive a brilhante idéia de colocar uma pequena escuta na casa da minha mãe, e acabei por escutar uma reunião de família a qual falavam abertamente de mim.
Insufladas por seus respectivos maridos que sem palpas na língua me criticavam por não beneficiá-los, não ceder aos seus caprichos dente eles a tão sonhada sociedade e participação nos lucros dos meus empreendimentos,
Em outras palavras disseram, se ele não nos beneficia, vamos ignorá-lo, vamos dar um gelo nele.
Aquilo me derrubou, independente do quão forte eu tentasse ser, sempre dei valor a família, ao sangue, talvez porque desde cedo tive que assumir o papel de homem da casa, protetor.
Poxa, beneficiá-los além do que já os beneficio é assinar um atestado de trouxa, principalmente com os agregados que claramente querem ter ascensão social sem nunca ter sacrificado na vida.
Fui imediatamente para lá, e ao chegar a expressão de espanto em me ver com misto de raiva veio a confirmar os sentimentos que eles insuflaram em minha família.
Notei que ao entrar no ressinto, meu cunhado se retirou e em uma conversa inaudível sussurravam do lado de fora da casa e ao perguntar o que estava acontecendo o mesmo explodiu me xingando, falando que eu não valorizo a família, o que eu estava fazendo ali, que eu era um vendido.
O Mais interessante é que de alguma forma, conseguiram contaminar minha mãe, minhas irmãs...
Aquela cena foi desprezível, ouvi tudo aquilo calado e eles se postaram entre mim e ele com medo que eu fosse bater nele.
Olhei para minha mãe mas não vi ali reação alguma, nenhuma expressão, apenas tristeza e surpresa insuflada pelas minhas irmãs e seus respectivos maridos e meu padrasto.
Mas, o sentimento de surpresa deu lugar a alegria, a matrix da família perfeita e sorridente foi rompida naquele
Ao invés de bater boca, virei as costas e fui embora sem dizer uma palavra sequer.
Indo pro carro, minha irmã mais velha veio atrás de mim mandando eu pedir desculpas a ele e tentou me segurar para não ir embora, mas entrei no carro e sai sem dizer uma única palavra.
Um sentimento de luto tomou conta de mim, uma espécie de luto e tristeza, havia perdido minha família e naquele momento a sensação era de como se estivesse só no mundo.
Quando mais eu tentava entender o que aconteceu, mais eu chegava a conclusão de que a raiz do problema estava no consumismo delas e a ambição de seus maridos.
Fermentaram entre si a ideia de que eu não estava fazendo o suficiente por eles.
Aquilo foi remoendo minha cabeça, tentando compreender o que tinha acontecido, somado ao problema da menina, transição turbulenta nos negócios, ansiedade por planos futuros.
Já não dormia a alguns dias, desenvolvi o problema da insônia e passei a abusar do álcool e calmantes tarja preta como cheguei a citar algumas vezes por aqui.
Um dos agravantes é que a algum tempo eu tomo uma formula para manter o peso em substâncias que alteram o metabolismo e o humor.
Sozinho, imerso em pensamentos e conjecturas tentando compreender e traçar uma solução me afundava ainda mais em bebidas e calmantes.
Tive nesse período alguns episódios de crise nervosa, talvez por eu me conter demais com minha postura política, creio que tenha explodido tudo de uma vez tive que procurar ajuda médica.
Naquele momento pude perceber que estava errando em algum ponto, e nisso pude notar que havia me apegado demais aquela menina.
Não amor, não sei o que é isso, mas uma conexão muito forte.
Projetei nela algo que nunca tive na minha vida e acabei me apegando, ao mesmo tempo a coloquei em testes que sabia que ela não suportaria como mulher e na minha imensa incapacidade de demonstrar afeto a coloquei como um rato em um labirinto que eu projetei sabendo que ela não resistiria.
Estava passando por uma fase ruim, confusa a qual mesmo estando no erro não era capaz nem tinha humildade para reconhecer que estava atolado até o pescoço na matrix novamente.
Um homem na minha posição,que raramente foi questionado em suas atitudes, acabei por transparecer meus maiores defeitos, a falta de humildade, a arrogância, a prepotência.
Teve um dia que me entupi de calmantes e bebida além dos limites e fui encontrado no dia seguinte pela minha empregada desacordado sobre meu próprio vômito e acabei hospitalizado.
Ali me senti um lixo, fraco e me veio e a todo momento me vinha a frase do tyler durden na cabeça.
"Você não é o seu emprego.
Nem quanto ganha ou quanto dinheiro tem no banco.
Nem o carro que dirige.
Nem o que tem dentro da sua carteira.
Nem a porra do uniforme que veste.
Você é a merda ambulante do mundo que faz tudo pra chamar a atenção.
Nós não somos especiais.
Nós não somos uma beleza única.
Nós somos da mesma matéria orgânica podre, como todo mundo."
As coisas passaram a ficar com uma clareza de certa forma insuportável.
No tempo que fiquei afastado daqui, acredito que amadureci bastante e refleti que a forma que eu estava vivendo não era certa.
Nos dias que sucederam, era como se eu tivesse renascido das cinzas.
Joguei fora as bebidas, os calmantes e passei a cuidar de cada ponta solta que eu tinha deixado na minha vida começando por ela.
Isso faz parte da vida, e do processo de aprendizado, mas só tem utilidade quando você reconhece isso sem vergonha nenhuma e não tenta se justificar pintando seu fracasso de experiência.
Retomei com ela após alguns dias, mas vi que a forma que estava levando essa relação não era saudável, já não era tão agradável ter controle total sobre a vida dela.
Arrumei um emprego muito bom para ela e a coloquei na faculdade, o emprego foi cortesia de um amigo que me devia alguns favores, é o suficiente para ela se bancar, sustentar a casa, comprar suas coisas e ainda sobra bastante, não gasto mais 1 centavo com ela.
Também arrumei um emprego melhor para mãe dela na empresa de um outro amigo e ela deixou de ser faxineira, sem contar que se animou a voltar a estudar.
Convenci as duas a saírem da região onde moravam pois já não condizia com a situação atual delas.
Aos olhos de muitos pode parecer manginagem, mas não conseguiria seguir em paz na minha vida se deixasse essa ponta solta.
Assim, poderia sair de cena sem causar danos na esperança que ela naturalmente se afasta-se de mim e seguisse sua vida.
Não contei para ela o que havia acontecido, mas ela percebeu e ao invés dela se afastar de mim se aproximou mais ainda.
Mesmo em pouco tempo ela mudou, está mais interessante, adquirindo conteúdo.
Nos vemos esporadicamente, mas não tenho mais o desejo de controle que tinha sobre ela, tanto que removi todos as escutas e câmeras.
Tenho recebido muitos elogios pelo desempenho dela na empresa, gentil, aplicada e esta se destacando.
E se uma hora ela quiser pular fora e seguir a vida dela, faço votos que tenha sucesso e espero que não se torne mais uma vadia, feminazi ou algo do tipo.
Infelizmente ainda acredito que não sou material para relacionamento, é a minha natureza, e ao seguir nessa idéia, de me apegar estava me enganando e conseqüentemente a ela.
Minha família me procurou poucos dias depois para pedir perdão, um a um, começando pela minha mãe que após vários dias sem contato refletiu sobre o julgamento errado sobre mim e colocou as coisas na família em seu devido lugar, pouco tempo depois um a um veio falar comigo e pedir perdão.
Eu os perdoei e estou dando suporte a eles como sempre dei.
Não sou, não pretendo e jamais viram ou verão eu me denominando como honrado.
Esse sou eu, esta é minha natureza.
Aqui não está o reesse maquiavélico, político, mas sim o reese humano, falho em seu estado mais bruto.
Peço perdão aos confrades que se sentiram ofendidos quanto ao meu posicionamento no tocante a religião, mas em especial ao destro o qual acabei por proferir algumas ofensas a sua crença e a sua pessoa.
A Punição da forma que foi colocada foi injusta, porém de certa forma merecida.
Peço perdão ao barão_kageyama por subverter seu fórum.
Peço perdão ao confrade mandrake, você estava certo.
Estava em um período de "capinação de lote" em uma jornada de auto compreensão e retomando meu desenvolvimento.
Porém, não espero que me permitam continuar, fica a critério de vocês.
Tenho muito respeito pela Real, pelo barão, pelos confrades e não sou um troll como foi colocado.
Apenas, precisava dizer isso.
Atenciosamente;
John Reese.