18-06-2014, 03:30 AM
(Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 18-06-2014, 01:45 PM por Jaguar Paw.)
Saudações, Prezados Confrades.
Neste meu primeiro tópico, discorro sobre da decadência da civilização ocidental capitaneada pelos Estados Unidos da América e sobre aquilo que considero ser a moléstia que a aflige e seus sintomas, tendo por base magnífico ensaio de Sir John Glubb.
Antes de mais nada, é preciso ter em mente que o marxismo cultural não é a doença, mas um de seus sintomas. É o declínio de uma cultura que permite que ele aja.
A Europa Ocidental, do pós II Segunda Grande Guerra, traumatizada pelos horrores do conflito e já em forte declínio, foi o primeiro alvo dos seus (do marxismo cultural) ataques. Com o benefício do tempo transcorrido desde então, veremos que seu sucesso foi limitado, afinal a Guerra Fria já estava em curso e o medo que esta disseminava minava os seus esforços e, além disto, havia também a concorrência de uma ainda forte esquerda "tradicional". Ou seja, não era um terreno propício para a sua agenda de "estatização" dos indivíduos, em vez da coletivização dos meios de produção (a primeira leva à segunda, segundo este marxismo "herético"), por meio da demonização do homem heterossexual e da destruição da família nuclear monogâmica. Afinal, como pintar de raiz de todos os males aquele será chamado para colocar a vida em risco por pessoas que ele sequer conhece?
Mas foi do outro lado do Atlântico, na década de 1960, que os nossos problemas realmente começam, afinal, desde 1945, o mundo ocidental dança conforme a música tocada pelos EUA. E o evento que abriu as portas para o marxismo cultural nos EUA foi a Guerra do Vietnã. Como é unânime entre os estudiosos destes assuntos, foi no decorrer deste conflito que os yankees perceberam que não são um "povo especial" (podemos estabelecer aí o início de seu declínio?), afinal podiam cometer e/ou apoiar atrocidades como qualquer outro, e assim suas defesas naturais foram debilitadas e o "marxismo herético" encontrou terreno propício para agir.
Entre sucessos, e eventuais reveses, o marxismo cultural atravessou as décadas de 70 e 80. Mas a sua "era de ouro" só chegou com o fim da Guerra Fria e durou até a grande crise de 2008.
E é em 2008 que podemos marcar o brotar de uma frágil esperança de um futuro renascimento da cultura ocidental, afinal de lá para cá, temos visto mais e mais governos ocidentais tentando cortar gastos (embora "herético",o marxismo cultural é fundamentalmente estatista, como o é o marxismo tradicional) pois simplesmente não têm mais como pagá-los. As populações envelhecidas (quanto mais idosos, sem o número de adequado de jovens trabalhando para custear os gastos, pior será a situação das finanças da previdência social e do sistema de saúde de um país) da Europa Ocidental não admitem cortes em seus benefícios e são cada vez mais refratárias a imigrantes. O empreendedorismo (Atlas, encolha os ombros), culturalmente visto como algo mau, praticamente inexiste, o que não é de se espantar tendo em mente também a carga tributária destes países. E, para "ajudar", temos o neo expansionismo russo, o qual exige mais gastos em defesa.
Os EUA, embora em melhor situação do que a Europa, ao que tudo indica, entraram nos estágios finais de declínio, como exposto por Sir John Glubb, vide as mudanças demográficas que geraram uma cultura marcada pelo estatismo e pelo bizantinismo, a tal ponto que não podemos descartar como absurda a probabilidade de um desmembramento daquele país em um futuro ainda distante.
Ou seja, as fases seguintes da queda do Ocidente não serão um espetáculo bonito, as solidariedades naturais do ser humano foram destruídas em diversos lugares e reaprende-las será condição de mera sobrevivência.
http://canal.bufalo.info/2013/03/o-desti...l-parte-1/
Neste meu primeiro tópico, discorro sobre da decadência da civilização ocidental capitaneada pelos Estados Unidos da América e sobre aquilo que considero ser a moléstia que a aflige e seus sintomas, tendo por base magnífico ensaio de Sir John Glubb.
Antes de mais nada, é preciso ter em mente que o marxismo cultural não é a doença, mas um de seus sintomas. É o declínio de uma cultura que permite que ele aja.
A Europa Ocidental, do pós II Segunda Grande Guerra, traumatizada pelos horrores do conflito e já em forte declínio, foi o primeiro alvo dos seus (do marxismo cultural) ataques. Com o benefício do tempo transcorrido desde então, veremos que seu sucesso foi limitado, afinal a Guerra Fria já estava em curso e o medo que esta disseminava minava os seus esforços e, além disto, havia também a concorrência de uma ainda forte esquerda "tradicional". Ou seja, não era um terreno propício para a sua agenda de "estatização" dos indivíduos, em vez da coletivização dos meios de produção (a primeira leva à segunda, segundo este marxismo "herético"), por meio da demonização do homem heterossexual e da destruição da família nuclear monogâmica. Afinal, como pintar de raiz de todos os males aquele será chamado para colocar a vida em risco por pessoas que ele sequer conhece?
Mas foi do outro lado do Atlântico, na década de 1960, que os nossos problemas realmente começam, afinal, desde 1945, o mundo ocidental dança conforme a música tocada pelos EUA. E o evento que abriu as portas para o marxismo cultural nos EUA foi a Guerra do Vietnã. Como é unânime entre os estudiosos destes assuntos, foi no decorrer deste conflito que os yankees perceberam que não são um "povo especial" (podemos estabelecer aí o início de seu declínio?), afinal podiam cometer e/ou apoiar atrocidades como qualquer outro, e assim suas defesas naturais foram debilitadas e o "marxismo herético" encontrou terreno propício para agir.
Entre sucessos, e eventuais reveses, o marxismo cultural atravessou as décadas de 70 e 80. Mas a sua "era de ouro" só chegou com o fim da Guerra Fria e durou até a grande crise de 2008.
E é em 2008 que podemos marcar o brotar de uma frágil esperança de um futuro renascimento da cultura ocidental, afinal de lá para cá, temos visto mais e mais governos ocidentais tentando cortar gastos (embora "herético",o marxismo cultural é fundamentalmente estatista, como o é o marxismo tradicional) pois simplesmente não têm mais como pagá-los. As populações envelhecidas (quanto mais idosos, sem o número de adequado de jovens trabalhando para custear os gastos, pior será a situação das finanças da previdência social e do sistema de saúde de um país) da Europa Ocidental não admitem cortes em seus benefícios e são cada vez mais refratárias a imigrantes. O empreendedorismo (Atlas, encolha os ombros), culturalmente visto como algo mau, praticamente inexiste, o que não é de se espantar tendo em mente também a carga tributária destes países. E, para "ajudar", temos o neo expansionismo russo, o qual exige mais gastos em defesa.
Os EUA, embora em melhor situação do que a Europa, ao que tudo indica, entraram nos estágios finais de declínio, como exposto por Sir John Glubb, vide as mudanças demográficas que geraram uma cultura marcada pelo estatismo e pelo bizantinismo, a tal ponto que não podemos descartar como absurda a probabilidade de um desmembramento daquele país em um futuro ainda distante.
Ou seja, as fases seguintes da queda do Ocidente não serão um espetáculo bonito, as solidariedades naturais do ser humano foram destruídas em diversos lugares e reaprende-las será condição de mera sobrevivência.
http://canal.bufalo.info/2013/03/o-desti...l-parte-1/