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Fórum do Búfalo Desenvolvimento Pessoal Outros A Autodestruição
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A Autodestruição
Offline donborjone
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#1
20-09-2016, 09:41 AM
Bom dia Confrades!

Esses dias estava refletindo sobre o filme Clube da Luta e quais são os “ensinamentos” que este procura transmitir aos seus telespectadores, quando me deparei com o seguinte diálogo:

“Eu tinha pena desses caras trancados nas academias, tentando ficar do jeito estipulado por Calvin Klein ou Tommy Hilfiger. Ei, Tyler, olha pra isso: é assim que um homem deve ser? (risos)

Tyler responde: auto aperfeiçoamento é masturbação. Agora autodestruição é a resposta“. (grifo meu)

Esta frase chamou muito minha atenção e logo comecei a refletir e ponderar sobre ela. Autodestruição? Destruir o que? Qual o sentido disso?

Ao pensar e pesquisar sobre o tema, surgiu uma afirmativa de Nietzsche que diz que “somente a escola da dor, do sofrimento, do fracasso é que permitiu o homem se elevar”.

E de fato concordo com Nietzsche, pois as maiores lições e aprendizados se dão nos momentos mais difíceis, nos momentos de dor e de sofrimento, sejam eles físicos, emocionais, psicológicos ou todos misturados. São esses momentos que nos permitem descobrir nossos limites e sobrepuja-los, descobrir “do que somos feitos”. Momentos de dor e sacrifício ensinam muito mais que momentos “felizes”, daí a sua importância. O amadurecimento, muitas vezes, provém de momentos como esse, pois nenhum homem cresce se não correr riscos, se não tiver uma vida ativa.

Quantos “nãos” temos que ouvir antes de “conquistar” algo ou alguém, sejam de mulheres, clientes, empregadores? Quantas horas de treinamento despendemos para ficarmos bons em algo (esportes, habilidades, hobbies)? Quantas horas de estudo e leitura para nos tornamos especialistas em determinadas matérias?

Além disso, se o leitor parar para refletir sobre sua própria vida, em quais momentos você pensa que “amadureceu” ou “evoluiu” mais como pessoa? Nos momentos alegres e fáceis ou nos momentos de dor e sacrifício?

Penso que na vida existem muitas “escolas”, as quais denomino “Escolas da Vida”. Tais “escolas” são as fases que passamos em determinados momentos, que inexoravelmente nos trazem determinados ensinamentos. Em cada etapa de nossa vida (infância, adolescência, vida adulta) passamos pelas mais variadas “Escolas da Vida”, cada qual com suas peculiaridades. Essas escolas, em que pese serem similares à todos seres humanos, são muito específicas e adaptadas à realidade individual de cada um. Por exemplo, peguemos a experiência militar: diversos jovens ingressam juntos ao Exército de seu país e passam exatamente pelas mesmas situações, porém, cada qual interpretará cada situação vivida de forma diferente e assimilará conceitos e lições específicas e de acordo com seu eu individual. Isso se aplica à todas as “escolas” e fases (escola, faculdade, trabalho, retiros, participação em esportes, equipes, etc.).

Por isso as “escolas” são importantes, pois elas formam nosso caráter e nosso ser individual.

Voltando ao tema principal do texto, nesta senda, quando o personagem do filme (Tyler) afirma que “a auto destruição é a resposta”, ele se refere que um homem cresce através da sua “morte mística”, ou seja, morrer em si mesmo para “ressuscitar” como um novo homem, mais forte e mais sábio.

Tudo o que fazemos para nos auto destruirmos, deve ser em prol de algo maior, deve ser em prol de nosso aprimoramento pessoal. O treinamento físico, por exemplo, é essencial para o desenvolvimento de muitas coisas, tais como, nossa saúde, nossos valores, virtudes e estética. No entanto, esta última (estética) deve ser apenas uma consequência natural do nosso desenvolvimento, e não o objetivo final.

No “Clube da Luta”, os participantes estão em busca justamente da autodestruição, tanto que lutam entre si não para serem vitoriosos, pois quem “vence” não importa, muito pelo contrário, parece ser muito mais importante ser aquele que perde uma luta (que leva mais porrada), pois daí decorre seu “endurecimento”.

Qualquer homem quando vence um combate se mostra satisfeito e triunfante, mas apenas um homem forte é capaz de manter a cabeça erguida mesmo depois de ter que ter abandonado a disputa devido ao ponto de ter sucumbido ao seu adversário, sem fazer disso o fim do mundo e choramingar feito uma criança.

E é óbvio que as palavras que uso são referentes ao que o filme demonstra e não que isso seja uma incitação à violência, e mais, quero que o leitor pense que isso se aplica a TUDO na vida, TODAS as situações, seja na competição esportiva, na disputa por um emprego, na disputa empresarial, enfim, na vida em geral.

Não tenham medo da dor e do sacrifício, aceitem as lições que a vida lhes dá de bom grado através de suas escolas e mantenham sempre a cabeça erguida e o espírito aprendiz, afinal estamos aqui apenas para aprender e evoluir, e a vida é uma escola diferente, pois primeiro ela aplica a prova e depois ensina a lição.

Diariamente morram em si mesmos e renasçam melhores, mais fortes, mais sábios e mais evoluídos, e avoquem para si a responsabilidade de compartilhar estes ensinamentos e ajudar os outros a atingirem tal fim. Sejamos todos instrumentos de mudança, dentro e fora da Real.
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Offline Roland
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#2
21-09-2016, 09:57 AM
Muita gente paga pau pra esse filme, mas eu sinceramente não vejo lá grandes coisas nele. O cara que idealizou deve ter fumado um baseado e tanto.

Sobre "autodestruição", penso que significa que o sujeito, quando perde tudo, fica livre para fazer o que quiser. Isso pode ser usado de forma construtiva (para recomeçar), ou destrutiva (para se revoltar, se tornar um criminoso, etc.).

Traço um paralelo com o filme O Justiceiro, que re-assisti ontem. Frank Castle perde sua família, que foi assassinada, e se torna um anti-herói, eliminando criminosos sem piedade. Ele perdeu tudo o que tinha, se tornou "livre", mas deixou a escuridão tomar conta do seu coração (o que é justificável, diante do ocorrido). Particularmente, não condeno o personagem, é um dos meus favoritos aliás.

O ponto é: nessa vida, se ganha e se perde. A chave é saber reagir diante das derrotas.
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Offline Héracles
O do Olimpo!
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#3
21-09-2016, 12:12 PM (Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 21-09-2016, 12:19 PM por Héracles.)
Você não pegou a essência da coisa Roland.

Esse seu texto me fez lembrar do livro antifrágil do Taleb. Leitura obrigatória a todos que querem desenvolver e cultivar a masculinidade.

A maior característica de um grande homem vai além da robustez e capacidade de aguentar pancadas, ou aplicar resistência sem alterar sua estrutura. Seja fisicamente ou metaforicamente falando. Isso é importante, é claro, mas chega a um ponto onde não se pode mais evoluir. O nosso grande trunfo é ou deveria ser, nos tornarmos antifrágeis. Ou seja, evoluir a partir de danos causados. Aprender com os erros e ferimentos. Essa é a lógica por traz dos treinos com pesos, esse é a lógica da real de uma forma geral, mas que muitos não entendem. Auto aperfeiçoamento, no sentido que é posto aqui não passa de uma massagem no ego, te fazendo se sentir especial e imortal, normalmente motivado por exibicionismo.

O homem além de adaptável deve entender que sem experiências estressantes que abale suas estruturas, não poderá evoluir. Assim como o ser vivo precisa de nutrientes para crescer e evoluir, o homem precisa de desafios para constantemente remodular sua existência, e consequentemente evoluir. A plenitude, tranquilidade, força e resistência masculinas, tão sublimes de se estar perto só nascem a partir do caos. Como eu sempre digo, a masculinidade é ação e coragem, uma vida inerte e confortável vai te atrofiar como homem, tanto mentalmente como fisicamente.

Ótimo tópico!
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Offline Legiao
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#4
21-09-2016, 02:41 PM
(21-09-2016, 12:12 PM)Héracles Escreveu: Você não pegou a essência da coisa Roland.

Esse seu texto me fez lembrar do livro antifrágil do Taleb. Leitura obrigatória a todos que querem desenvolver e cultivar a masculinidade.

A maior característica de um grande homem vai além da robustez e capacidade de aguentar pancadas, ou aplicar resistência sem alterar sua estrutura. Seja fisicamente ou metaforicamente falando. Isso é importante, é claro, mas chega a um ponto onde não se pode mais evoluir. O nosso grande trunfo é ou deveria ser, nos tornarmos antifrágeis. Ou seja, evoluir a partir de danos causados. Aprender com os erros e ferimentos. Essa é a lógica por traz dos treinos com pesos, esse é a lógica da real de uma forma geral, mas que muitos não entendem. Auto aperfeiçoamento, no sentido que é posto aqui não passa de uma massagem no ego, te fazendo se sentir especial e imortal, normalmente motivado por exibicionismo.

O homem além de adaptável deve entender que sem experiências estressantes que abale suas estruturas, não poderá evoluir. Assim como o ser vivo precisa de nutrientes para crescer e evoluir, o homem precisa de desafios para constantemente remodular sua existência, e consequentemente evoluir. A plenitude, tranquilidade, força e resistência masculinas, tão sublimes de se estar perto só nascem a partir do caos. Como eu sempre digo, a masculinidade é ação e coragem, uma vida inerte e confortável vai te atrofiar como homem, tanto mentalmente como fisicamente.

Ótimo tópico!

Parabéns confrade Hercules,sua análise é perfeita no meu modesto ponto de vista!!
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Offline Roland
Pistoleiro
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#5
21-09-2016, 03:30 PM
Relendo o tópico, me aproximei mais de seu real sentido. De fato, interpretei diferente quando li mais cedo.

Considerações pontuais do Héracles. A sugestão de livro já está anotada.
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Offline donborjone
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#6
01-10-2016, 10:37 AM
Resiliência confrades, essa palavra resumo tudo.
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Offline Howedo
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#7
01-10-2016, 05:07 PM
Tópico sensacional, parabéns e obrigado.

A tentativa e erro é essencial durante a caminhada, apesar de não ser o melhor cenário possível é aquilo que nos trouxe até aqui (saber sem precisar errar é o melhor caso possível, embora corra o risco de não saber de fato).

A autodestruição funciona muito bem com o processo de "engenharia reversa", que consiste em analisar um comportamento e desconstruí-lo até que a análise das partes que formam o todo (o comportamento final em si) revele a sua verdadeira identidade. Funciona da mesma forma que dividir para conquistar.

Através do calejamento do espírito (encare como mente e aquilo que a move), se consegue suportar melhor o processo de dor constante devido a autodestruição voluntária, até que se torna um hábito ir até o limite da mente e do corpo. Através da engenharia reversa desse hábito, se consegue entender o que o leva a conseguir realizar tal façanha, assim como outras pessoas realizam aquilo que aparentemente parece impossível. É a capacidade de suportar a dor e o caminho que leva o ser humano a continuar caminhando. Sem aprender a gostar e amar a dor é impossível evoluir.

Quando se utiliza tal técnica(engenharia reversa) para compreender como outras pessoas realizam algo é possível com a devida prática mimetizar parte do comportamento, até que se internaliza e se torna um processo automático. É como criar um alter ego somente para realizar experimentos mentais e físicos e com o tempo se tornar aquele alter ego criado. Quando você incorpora o "personagem", se torna outra pessoa.

Como Kevin Levrone se preparou em 6 meses para o Mr Olympia? O segredo é entender o doloroso processo que o levou até ali e conseguir destrinchar seus hábitos e sua rotina, até que é possível se entender o resultado final. Tudo isso se resume em Auto destruição e suportar a dor.
Sem a luz não existe a escuridão.
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Ausente Young Meyer Lansky
Married to the mula
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#8
03-10-2016, 05:44 PM
(01-10-2016, 05:07 PM)Howedo Escreveu: Tópico sensacional, parabéns e obrigado.

A tentativa e erro é essencial durante a caminhada, apesar de não ser o melhor cenário possível é aquilo que nos trouxe até aqui (saber sem precisar errar é o melhor caso possível, embora corra o risco de não saber de fato).

A autodestruição funciona muito bem com o processo de "engenharia reversa", que consiste em analisar um comportamento e desconstruí-lo até que a análise das partes que formam o todo (o comportamento final em si) revele a sua verdadeira identidade. Funciona da mesma forma que dividir para conquistar.

Através do calejamento do espírito (encare como mente e aquilo que a move), se consegue suportar melhor o processo de dor constante devido a autodestruição voluntária, até que se torna um hábito ir até o limite da mente e do corpo. Através da engenharia reversa desse hábito, se consegue entender o que o leva a conseguir realizar tal façanha, assim como outras pessoas realizam aquilo que aparentemente parece impossível. É a capacidade de suportar a dor e o caminho que leva o ser humano a continuar caminhando. Sem aprender a gostar e amar a dor é impossível evoluir.

Quando se utiliza tal técnica(engenharia reversa) para compreender como outras pessoas realizam algo é possível com a devida prática mimetizar parte do comportamento, até que se internaliza e se torna um processo automático. É como criar um alter ego somente para realizar experimentos mentais e físicos e com o tempo se tornar aquele alter ego criado. Quando você incorpora o "personagem", se torna outra pessoa.

Como Kevin Levrone se preparou em 6 meses para o Mr Olympia? O segredo é entender o doloroso processo que o levou até ali e conseguir destrinchar seus hábitos e sua rotina, até que é possível se entender o resultado final. Tudo isso se resume em Auto destruição e suportar a dor.
MARCANDO AQUI
Essa resposta do Howedo foi muito bem elaborada.
As vezes precisamos abraçar a dor pra alcançar nossos objetivos, o segredo dos grandes é abraçar a dor e perseverar nas dificuldades.
DEPOIS VOU RELER ESSA RESPOSTA E TENTAR ENTENDER MELHOR A MENSAGEM
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Offline Aquiles
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#9
04-10-2016, 01:41 AM
Sofra por algo que tenha sentido e te dê retorno. E sofra somente o necessário.

Não queira ser mártir.
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