13-02-2015, 06:51 AM
CARTA DE UMA ABORTISTA
CONTINUA ...
Quando engravidei há 8 anos eu escutei de uma amiga a seguinte colocação: você não é obrigada a ser mãe. Ser mãe é uma escolha.
Nenhum método é 100% seguro. Nenhum ato da vida não envolve risco. Não sou a favor do aborto. Mas sou a favor da sua legalização.
As mulheres ricas abortam e pagam caro. Sobrevivem não sem custo emocional.
As menos favorecidas morrem. Essa é a diferença.
Ao legalizar é possível ter apoio psicológico que pode fazer a pessoa a pensar além daquele momento. E também apoio para depois do procedimento.
Mais mulheres que vc imagina fizeram aborto. Elas não såo criminosas
CADA CORPO SUAS REGRAS
Eu engravidei menstruada, com camisinha de alguém que conhecia há pouco tempo. Escolhi gestar e parir. Mas essa foi a MINHA escolha. Defendo acima de minhas crenças pessoais o direito de escolher.
"A Pesquisa Nacional de Aborto (PNA), realizada em 2010 pela Anis – Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero, mostra que, aos 40 anos, uma em cada cinco mulheres já fez ao menos um aborto.").
"A cada dois dias, uma brasileira (pobre) morre por aborto inseguro"
"Nos países onde o aborto não é crime como Holanda, Espanha e Alemanha, nós observamos uma taxa muito baixa de mortalidade e uma queda no número de interrupções, porque passa a existir uma política de planejamento reprodutivo efetiva.")
Ignorar o que está acontecendo e criminalizar as mulheres, não é uma solução e não vai fazer com que as mulheres deixem de abortar!
(Os dados entre aspas foram retirados daqui:http://apublica.org/2013/09/um-milhao-de-mulheres/)
Sabrina Mori disse: Fechar os olhos para o problema, criminalizar a questão e penalizar ainda mais as mulheres e não é solução, é tapar o sol com a peneira, não vai fazer com que as mulheres deixem de abortar.
Sofia Amorim A grande questão não é o quanto somos a favor ou contra. A grande questão é que milhares de mulheres MORREM por causa do aborto. Eu não consigo achar isso OK. É como se as pessoas desejassem a morte delas por terem escolhido fazer um aborto. Como assim? Pena de morte para aquelas que pensam diferentes? Onde estamos, na Idade Média? Pouco importa se somos a favor ou contra. Importa evitar que mulheres continuem morrendo por causa disso. E é sempre fácil falar do aborto com distanciamento; quando o problema é do outro, é mais fácil criminalizá-lo do que entendê-lo.
Milena Gomes Eu não sou a favor do aborto. Sou a favor da legalização. É bem diferente. Eu acho que a escolha do bebê deve ser respeitada. Mas à medida que você legaliza, não quer dizer que a mulher vai chegar no Odilon Berens e vai entrar na fila e falar: eu quero um aborto. E o médico: Ah, sim, entra ali e em 1h o serviço está feito. Não é assim. Legalizar vai proporcionar uma rede de apoio a esta mulher, principalmente pelo SUS (que é onde o aborto será legalizado), e haverá um grande processo até que o aborto seja liberado.
E com apoio, certamente o número de mulheres que abortam irá diminuir, porque serão apresentadas alternativas a ela, será oferecido apoio. Olhar o aborto apenas como uma questão de "assassinato do feto", não permite apoiar essas mulheres que, muitas vezes fazem o aborto totalmente por falta de apoio, por falta de alternativas e principalmente por falta de condições adequadas de gerar, parir e criar o bebê. Se você tentar ver a questão por esse lado, talvez você consiga entender que LEGALIZAR O ABORTO é diferente de ABORTAR ILEGALMENTE. É claro que continuarão a existir mulheres que apesar de toda a rede de apoio irão optar pelo aborto. Mas isso é um problema delas, não nosso. É dever do Estado oferecer condições de saúde para todos, inclusive para os que querem abortar.
Nenhum método é 100% seguro. Nenhum ato da vida não envolve risco. Não sou a favor do aborto. Mas sou a favor da sua legalização.
As mulheres ricas abortam e pagam caro. Sobrevivem não sem custo emocional.
As menos favorecidas morrem. Essa é a diferença.
Ao legalizar é possível ter apoio psicológico que pode fazer a pessoa a pensar além daquele momento. E também apoio para depois do procedimento.
Mais mulheres que vc imagina fizeram aborto. Elas não såo criminosas
CADA CORPO SUAS REGRAS
Eu engravidei menstruada, com camisinha de alguém que conhecia há pouco tempo. Escolhi gestar e parir. Mas essa foi a MINHA escolha. Defendo acima de minhas crenças pessoais o direito de escolher.
"A Pesquisa Nacional de Aborto (PNA), realizada em 2010 pela Anis – Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero, mostra que, aos 40 anos, uma em cada cinco mulheres já fez ao menos um aborto.").
"A cada dois dias, uma brasileira (pobre) morre por aborto inseguro"
"Nos países onde o aborto não é crime como Holanda, Espanha e Alemanha, nós observamos uma taxa muito baixa de mortalidade e uma queda no número de interrupções, porque passa a existir uma política de planejamento reprodutivo efetiva.")
Ignorar o que está acontecendo e criminalizar as mulheres, não é uma solução e não vai fazer com que as mulheres deixem de abortar!
(Os dados entre aspas foram retirados daqui:http://apublica.org/2013/09/um-milhao-de-mulheres/)
Sabrina Mori disse: Fechar os olhos para o problema, criminalizar a questão e penalizar ainda mais as mulheres e não é solução, é tapar o sol com a peneira, não vai fazer com que as mulheres deixem de abortar.
Sofia Amorim A grande questão não é o quanto somos a favor ou contra. A grande questão é que milhares de mulheres MORREM por causa do aborto. Eu não consigo achar isso OK. É como se as pessoas desejassem a morte delas por terem escolhido fazer um aborto. Como assim? Pena de morte para aquelas que pensam diferentes? Onde estamos, na Idade Média? Pouco importa se somos a favor ou contra. Importa evitar que mulheres continuem morrendo por causa disso. E é sempre fácil falar do aborto com distanciamento; quando o problema é do outro, é mais fácil criminalizá-lo do que entendê-lo.
Milena Gomes Eu não sou a favor do aborto. Sou a favor da legalização. É bem diferente. Eu acho que a escolha do bebê deve ser respeitada. Mas à medida que você legaliza, não quer dizer que a mulher vai chegar no Odilon Berens e vai entrar na fila e falar: eu quero um aborto. E o médico: Ah, sim, entra ali e em 1h o serviço está feito. Não é assim. Legalizar vai proporcionar uma rede de apoio a esta mulher, principalmente pelo SUS (que é onde o aborto será legalizado), e haverá um grande processo até que o aborto seja liberado.
E com apoio, certamente o número de mulheres que abortam irá diminuir, porque serão apresentadas alternativas a ela, será oferecido apoio. Olhar o aborto apenas como uma questão de "assassinato do feto", não permite apoiar essas mulheres que, muitas vezes fazem o aborto totalmente por falta de apoio, por falta de alternativas e principalmente por falta de condições adequadas de gerar, parir e criar o bebê. Se você tentar ver a questão por esse lado, talvez você consiga entender que LEGALIZAR O ABORTO é diferente de ABORTAR ILEGALMENTE. É claro que continuarão a existir mulheres que apesar de toda a rede de apoio irão optar pelo aborto. Mas isso é um problema delas, não nosso. É dever do Estado oferecer condições de saúde para todos, inclusive para os que querem abortar.
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