15-07-2014, 03:33 PM
A importância da individualidade dos membros.
Retirado do livro A invasão Vertical dos Barbaro
Os trechos foram trazidos pra que fique claro, principalmente pros novatos, não absorvam as ideias daqui como "unicamente verdadeira".O que faz o sujeito evoluir sua opinião é justamente o processo de formação e manutenção de sua própria visão.Leiam MUIO do que é postado aqui mas não se fechem apenas nesse ambiente, em paralelo leiam OUTRAS fonte como livros, artigos, etc... Desdo modo o fator natural do "tribalismo intelectual" é completamente anulado, dando mais valor as colocações de cada membro, e o fórum continua a crescer em suas discussões.
A tribo, por suas condições, exige uma coerência mais afetiva e emocional que racional. O membro da tribo, enquanto tal, é julgado por seus companheiros como possuidor de uma valia superior à de qualquer outro de outra tribo.Uma ofensa a um membro é como uma ofensa a toda a tribo.Vemos nascer o tribalismo nas castas, em que a ofensa a um membro, mesmo em questão meramente particular, é tomada como extensiva a toda a casta.Um médico, acusado de charlatanice, desperta em muitos médicos uma solidariedade irracional.Um militar, agredido por um civil, desperta em muitos militares o desejo de se vingarem de civis, e enquanto não retribuem a agressão parece-lhes que a honra da tribo não está lavada.
Quando um grupo de homens afins, que aceitam uma determinada doutrina ou crença, fecham-se, sistematicamente, em grupos, considerando-se absolutamente senhores da verdade do que afirmam, e negam-se a participar mais intimamente com outros grupos semelhantes, e não toleram o diálogo amigo com os opositores, organizando-se, ainda, de modo fechado e autoritário, reagindo com energia aos que lhes fazem até mínimas restrições, esse grupo se secciona, se separa, cria um abismo entre ele e o restante, forma uma seita. A seita é tribalismo nas idéias. Os mesmos defeitos do tribalismo são transferidos para ela. Não é o sangue nem a raça o que os aproxima, mas a crença, a doutrina; às vezes a mera opinião.A seita é um resquício bárbaro, que ainda sobrevive em nós, pois o culto e o civilizado palestra, mantém contato, discute, é humilde. É sobretudo humilde. Sabe aquilatar o seu verdadeiro valor e sabe também aquilatar, reconhecer e proclamar o valor alheio, justamente considerado. Não basta aquilatar, é preciso reconhecer e proclamar, porque muitos reconhecem os valores dos outros, mas calam-se, silenciam-se a respeito deles, porque lhes convém, pelo silêncio que fazem, também silenciar o que lhes faz alguma sombra. Tudo isso é barbarismo.
E esse barbarismo dominou os séculos e os milênios, e perde-se nas brumas da proto-história.Sempre houve, sempre há, e talvez sempre haverá, em graus maiores ou menores, seitas e, sobretudo, o espírito sectário.Este é ainda o mais importante, porque aqueles, que embora não pertençam a qualquer seita organizada, têm o espírito de seita, e não concebem que suas idéias possam ser discutidas.Opõe-se a tudo quanto ponha em desmerecimento, ou fira, mesmo de leve, que levemente roce, o que consideram a sua verdade.
Ora, se se trata de matéria especulativa, a demonstração será a autoridade única que resolve a validez ou não de uma tese, se é em matéria prática, há outros meios para avaliar-se a justeza e a retidão de uma tese.Mas para o sectário, nada disso.Ele tapa o sol com os dedos, pondo-os sobre os olhos.O sectário é um cego intelectual, ou pelo menos um míope.Do sectarismo ao exclusivismo é só um passo, pois quase todos os sectários são exclusivistas (“só nós temos a verdade”), e desprezam todos os outros. Mas se for obrigado a prover a sua verdade, em geral não sabem faze-lo, e não encontram demonstrações suficientemente apodíticas.
Quando um grupo de homens afins, que aceitam uma determinada doutrina ou crença, fecham-se, sistematicamente, em grupos, considerando-se absolutamente senhores da verdade do que afirmam, e negam-se a participar mais intimamente com outros grupos semelhantes, e não toleram o diálogo amigo com os opositores, organizando-se, ainda, de modo fechado e autoritário, reagindo com energia aos que lhes fazem até mínimas restrições, esse grupo se secciona, se separa, cria um abismo entre ele e o restante, forma uma seita. A seita é tribalismo nas idéias. Os mesmos defeitos do tribalismo são transferidos para ela. Não é o sangue nem a raça o que os aproxima, mas a crença, a doutrina; às vezes a mera opinião.A seita é um resquício bárbaro, que ainda sobrevive em nós, pois o culto e o civilizado palestra, mantém contato, discute, é humilde. É sobretudo humilde. Sabe aquilatar o seu verdadeiro valor e sabe também aquilatar, reconhecer e proclamar o valor alheio, justamente considerado. Não basta aquilatar, é preciso reconhecer e proclamar, porque muitos reconhecem os valores dos outros, mas calam-se, silenciam-se a respeito deles, porque lhes convém, pelo silêncio que fazem, também silenciar o que lhes faz alguma sombra. Tudo isso é barbarismo.
E esse barbarismo dominou os séculos e os milênios, e perde-se nas brumas da proto-história.Sempre houve, sempre há, e talvez sempre haverá, em graus maiores ou menores, seitas e, sobretudo, o espírito sectário.Este é ainda o mais importante, porque aqueles, que embora não pertençam a qualquer seita organizada, têm o espírito de seita, e não concebem que suas idéias possam ser discutidas.Opõe-se a tudo quanto ponha em desmerecimento, ou fira, mesmo de leve, que levemente roce, o que consideram a sua verdade.
Ora, se se trata de matéria especulativa, a demonstração será a autoridade única que resolve a validez ou não de uma tese, se é em matéria prática, há outros meios para avaliar-se a justeza e a retidão de uma tese.Mas para o sectário, nada disso.Ele tapa o sol com os dedos, pondo-os sobre os olhos.O sectário é um cego intelectual, ou pelo menos um míope.Do sectarismo ao exclusivismo é só um passo, pois quase todos os sectários são exclusivistas (“só nós temos a verdade”), e desprezam todos os outros. Mas se for obrigado a prover a sua verdade, em geral não sabem faze-lo, e não encontram demonstrações suficientemente apodíticas.
Retirado do livro A invasão Vertical dos Barbaro
Os trechos foram trazidos pra que fique claro, principalmente pros novatos, não absorvam as ideias daqui como "unicamente verdadeira".O que faz o sujeito evoluir sua opinião é justamente o processo de formação e manutenção de sua própria visão.Leiam MUIO do que é postado aqui mas não se fechem apenas nesse ambiente, em paralelo leiam OUTRAS fonte como livros, artigos, etc... Desdo modo o fator natural do "tribalismo intelectual" é completamente anulado, dando mais valor as colocações de cada membro, e o fórum continua a crescer em suas discussões.