19-11-2014, 08:36 PM
Na próxima quinta-feira, dia 20 de novembro, o Brasil comemora o tal Dia da Consciência Negra. 1.047 municípios adotaram a data como feriado, o que corresponde a 18,8% do país.
Com todo esse politicamente correto de "consciencia negra", "dívida histórica" e blá-blá-blá, vou contar-vos um episódio curioso que envolve uma senhora africana chamada Honória Bailor Caulker num momento em que ela visitava os Estados Unidos da América.
Honoria Bailor-Caulker é presidente da câmara da vila costeira de Shenge, em Serra Leoa. A vila é pequena mas carregada de História. Dali partiam escravos, aos milhares, que atravessavam o Atlântico e trabalhavam nas plantações americanas de cana-de-açúcar.
Honoria foi convidada para discursar nos Estados Unidos da América. Perante uma distinta assembleia a senhora subiu ao pódium e fez questão em exibir os seus dotes vocais. Cantou, para espanto dos presentes, o hino religioso “Amazing Grace”. No final, Honoria Bailor-Caulker deixou pesar um silêncio. Aos olhos dos americanos parecia que a senhora tinha perdido o fio à meada. Mas ela retomou o discurso e disse: quem compôs este hino foi um filho de escravos, um descendente de uma família que saiu da minha pequena vila de Shenge.
Foi como que um golpe mágico e o auditório se repartiu entre lágrimas e aplausos.
De pé, talvez movidos por uma mistura de sentimento solidário e alguma má-consciência, os presentes ergueram-se para aclamar Honoria.
A resposta foi um eloquente “sim”. Aquela mulher negra representava, afinal, o sofrimento de milhões de escravos a quem a América devia tanto.
http://odair-unicamp.blogspot.com.br/201...ulker.html
Com todo esse politicamente correto de "consciencia negra", "dívida histórica" e blá-blá-blá, vou contar-vos um episódio curioso que envolve uma senhora africana chamada Honória Bailor Caulker num momento em que ela visitava os Estados Unidos da América.
Honoria Bailor-Caulker é presidente da câmara da vila costeira de Shenge, em Serra Leoa. A vila é pequena mas carregada de História. Dali partiam escravos, aos milhares, que atravessavam o Atlântico e trabalhavam nas plantações americanas de cana-de-açúcar.
Honoria foi convidada para discursar nos Estados Unidos da América. Perante uma distinta assembleia a senhora subiu ao pódium e fez questão em exibir os seus dotes vocais. Cantou, para espanto dos presentes, o hino religioso “Amazing Grace”. No final, Honoria Bailor-Caulker deixou pesar um silêncio. Aos olhos dos americanos parecia que a senhora tinha perdido o fio à meada. Mas ela retomou o discurso e disse: quem compôs este hino foi um filho de escravos, um descendente de uma família que saiu da minha pequena vila de Shenge.
Foi como que um golpe mágico e o auditório se repartiu entre lágrimas e aplausos.
De pé, talvez movidos por uma mistura de sentimento solidário e alguma má-consciência, os presentes ergueram-se para aclamar Honoria.
Citar:- Aplaudem-me como descendente de escravos ?, perguntou ela aos que a escutavam.
A resposta foi um eloquente “sim”. Aquela mulher negra representava, afinal, o sofrimento de milhões de escravos a quem a América devia tanto.
Citar:- Pois eu, disse Honoria, não sou uma descendente de escravos. Sou, sim, descendente de vendedores de escravos. Meus bisavós enriquecerem vendendo escravos.
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