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Thor - o filme e a jornada do herói
Offline Tiago Sorine
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#1
12-01-2015, 07:35 PM (Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 12-01-2015, 07:39 PM por Tiago Sorine.)
Segunda-feira passada dia 05/01 cheguei em casa depois de ter encontrado uns amigos, liguei a TV e estava no começo da "Tela Quente" na Globo. Esperei para ver qual seria o filme. Bom, o filme era o do "Thor". Já tinha visto mas decidi ver de novo.

No decorrer do filme, me lembrei de um artigo que li nos tempos áureos do site Reflexões Masculinas, no fim de 2011 quando conheci a Real. Buscando nos meus backups aqui, li o texto e decidi postá-lo aqui tbm para um reflexão. Achei o texto fantástico a época, e continuo achando.

Segue abaixo:

(as partes negritas considero importantes.)

Citar:
Thor - o filme e a jornada do herói

por Jack Deth,

Confesso que fui ao cinema assistir a Thor (2011), a mais recente adaptação de um super-herói da Marvel para o cinema, esperando pelo pior. Salvo raras exceções, a maioria dos filmes de super-heróis da nova safra segue mais ou menos o mesmo roteiro: sujeito panaca vilipendiado por tudo e por todos ganha super-poderes, resolve salvar o mundo e entre uma cena de ação e outra encontra uma garota comum qualquer - daquelas de personalidade e inteligência próximo a zero - e se transforma em um "novo homem".

Mas para minha surpresa Thor escapou dos clichês de comédias românticas que invadiram os filmes de super-heróis (como exemplos cito os filmes do Homem-Aranha e o horrível Motoqueiro Fantasma, onde o herói vingativo e frio dos quadrinhos vira um patético baba-ovo de mulher) e se revelou um filme acima da média.

[Imagem: thor2011.jpg]

No filme Thor (Chris Hemsworth) é filho de Odin (Anthony Hopkins), rei do místico reino de Asgard e que séculos atrás liderou os asgardianos contra a raça dos Gigantes do Gelo de Jotunheim. O campo de batalha foi o planeta Terra e os gigantes foram derrotados.

Durante séculos os dois povos viveram em trégua, e no dia em que Thor seria coroado rei um grupo de gigantes invade Asgard e tenta roubar uma arma poderosa que pertencia a eles, mas que Odin tomou dos gigantes quando derrotou seu exército.

Thor é arrogante, pavio curto e inconsequente. Movido por uma mistura de necessidade de glória, auto-afirmação e orgulho ferido (os gigantes arruinaram o grande dia de sua coroação) Thor decide contra a vontade de seu pai (que opta pelo caminho da solução diplomática) invadir o reino dos Gigantes de Gelo acompanhado de seus leais amigos guerreiros.

Segue-se uma batalha grandiosa que é interrompida por Odin. O líder dos Gigantes de Gelo está prestes a declarar guerra a Asgard quando Odin diz ao líder, numa tentativa de apaguizar os ânimos, uma frase que resume bem as ações de Thor, "Essas são as ações de um garoto, peço que as trate como tal".

Odin decide dar uma lição ao filho e retira os poderes de Thor e o exila na Terra. Ao chegar em nosso planeta a primeira pessoa que ele conhece é a cientista Jane Foster (Natalie Portman). Nesse ponto Thor tinha tudo para desandar e cair no clichê "antes eu era um porra louca, mas conheci uma mulher que mudou minha vida e hoje sou um homem melhor".

Mas felizmente o filme escapou dessa armadilha. Thor na sua essência segue a cartilha da Jornada do Herói de Joseph Campbell. Temos um personagem jovem e imaturo que se encontra em uma terra distante e passa por uma série de provações que mudam sua personalidade e moldam seu caráter, e no final o personagem retorna para casa um homem sábio e maduro.

As provações que Thor enfrenta são várias, e cada experiência é um aprendizado novo. Thor aprende a virtude da humildade ao ser nocauteado por uma arma de choque, ser detido e sedado por seguranças de um hospital e atropelado duas vezes. Aos poucos sua persona arrogante vai desaparecendo a medida que ele descobre que na Terra é apenas um Zé-ninguém.

Thor também aprende a virtude da temperança ao pedir que seus amigos guerreiros - os mesmos que antes ele levou a uma luta suicida contra os Gigantes de Gelo - recuem perante um inimigo muito mais poderoso que eles. Thor aprende que se lutar é sinal de coragem saber quando recuar é sinal de sabedoria. Thor também aprende a virtude do sacríficio ao pedir que seu invejoso irmão Loki poupe as vidas inocentes da população de um vilarejo norte-americano e o mate. E também aprende uma lição sobre arrependimento ao perceber que ele tem sua parcela de responsabilidade pelas ações maquiavélicas de seu irmão Loki e pede perdão por qualquercoisa que tenha feito ou dito que tenha levado Loki a essas ações.

Em outras palavras, as provações que Thor enfrenta o fazem ver seus erros e melhorar como indivíduo. Thor - O Garoto Encrenqueiro aos poucos vai dando lugar a Thor - O Deus do Trovão. Jane teve pouco ou nada teve a ver com a jornada do personagem rumo ao amadurecimento.

[Imagem: thor_2011_f_007.jpg]

O cinema nos últimos tempos caiu no erro lamentável de igualar o amadurecemento de um homem a mudar por causa de uma mulher. É como se filmes hoje falassem para o espectador "só vale a pena mudar se for por amor a uma mulher", como se apenas a mulher pudesse "mudar um homem" e como se homens fossem incapazes de fazer tal mudança sozinhos. Ou seja, segundo Hollywood o valor de um homem é condicionado ao valor que ele tem para uma mulher.

Nada mais equivocado, um homem é definido pelas escolhas que faz e pelas atitudes que toma.

(Atenção! Spoilers!)

Uma cena vai esclarecer minha afirmação. Loki lança um raio mortal que irá destruir o planeta dos Gigantes de Gelo e a única forma de Thor impedir o genocídio de uma raça é destruindo o portal de Asgard que permite a saída para outros mundos, incluindo a Terra. Portanto se Thor destruir o portal ele nunca mais voltará a ver Jane (a essa altura sua namorada), mas salvará o planeta dos Gigantes de Gelo. Se o filme não tivesse sido dirigido por um cineasta do talento de Kenneth Branagh provavelmente Thor teria cometido genocídio em "nome do amor" e voltaria sorridente e feliz para os braços de sua amada.

Mas felizmente não é o que acontece em Thor. No final Thor destrói o portal e salva o povo dos Gigantes do Gelo da destruição, mas fica separado de Jane. Eis um exemplo de um verdadeiro homem, um indivíduo que coloca a moral e ética acima de si próprio e de seus desejos pessoais.

(Fim dos spoilers)

Mas não pensem que Jane é a típica mocinha descerebrada de filmes hollywoodianos que exige que o mocinho faça tudo por ela. Natalie Portman consegue encarnar uma personagem forte e decidida sem cair no clichê de "mulher durona" ou de nerd desengonçada. Em outras palavras, a personagem de Portman é um dos raros casos de mulher bela e inteligente sem ser um estereótipo no estilo "cientista gostosa" (como a Mulher Invísivel de Jessica Alba no filme do Quarteto Fantástico). Em suma, Jane convence o espectador. Não é a toa que Natalie Portman ganhou o Oscar de melhor atriz por Cisne Negro esse ano.

De certa forma Jane é a mulher ideal para o Thor. O homem que passou por provações e renasceu. O filme Thor é um ótimo exemplo para se entender a frase de Rant Casey "a mulher é o teste do homem - a mulher que você é capaz de atrair, e a que aceita ficar, termina sendo um espelho do homem que você se tornou". Jane é a mulher digna de um futuro rei.

No mais Thor é um excelente filme. A arquitetura da cidade de Asgard é um espetáculo visual. As cenas de ação não são cansativas e se intercalam bem com o resto do filme. O figurino é bacana e irá agradar aos fãs hardcore do Thor dos quadrinhos. Anthony Hopkins dá a Odin a dose certa de onipresença, ao mesmo tempo que garante um tom humano ao personagem. Rene Russo está bem no papel da mãe de Thor, embora tenha sido mal aproveitada. A atriz aparece pouco e tem apenas uma meia dúzia de falas. Mas provavelmente nas continuações a personagem será melhor desenvolvida.

[Imagem: Thor-2011-Odin-Thor-Loki-Marvel-Ambrosia-600x362.jpg]

O único "porém" do filme é o próprio Thor. Comentou-se inicialmente que Daniel Craig ( o atual James Bond) iria fazer o papel. Creio que teríamos um Thor muito mais interessante do que Chris Hemsworth, que mais parece um modelo da Calvin Klein do que um Deus Nórdico (principalmente na desnecessária cena em que aparece sem camisa e calça jeans como se estivesse num outdoor).

Mas se Chris Hemsworth não é o Thor ideal também não decepciona. O ator consegue realizar com destreza a transição de Thor de menino arrogante para um homem sábio e ainda consegue dar ao personagem uma certa dose de humor sem transformar Thor num palhaço.

Mas quem rouba a cena é Tom Hiddleston no papel de Loki. O segundo grande acerto do filme, depois de evitar a armadilha do "homem que muda por causa de uma mulher", foi evitar transformar Loki num vilão caricato. O personagem tinha tudo para virar uma espécie de Coringa dos pobres não fosse pelo roteiro e pela atuação de Hiddleston. O filme não maniqueiza o personagem, nem pode-se dizer que Loki seja um vilão no sentido tradicional da palavra. Loki é um personagem trágico do qual o espectador sente mais pena do que ódio, e até certo ponto compreende o que motiva Loki a agir da forma que age.

Dessa onda de filmes de super-heróis que surgiram nesta última década Thor sem dúvida foi uma das grandes surpresas. Na minha opinião é o melhor filme de super-herói dos últimos tempos, perdendo apenas para Batman - O Cavaleiro das Trevas.

Meu comentário:

Coloquem na cabeça de vocês, principalmente os mais novos: um homem é definido pelas escolhas que faz e pelas atitudes que toma, e não pelas bucetas que ele come, ja dizia o grande Doutrinador.
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Offline MILORD
Soberano!!!
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#2
12-01-2015, 08:45 PM
Muito interessante esta análise do filme, vou assistir aqui e visualiza-lo na ótica da real!

Sobre o homem ser homem por suas ações e não pelas ppks que come, isso está certíssimo, mas tenho uma pergunta.
Como lidar com isso, quando uma sociedade podre te pressiona a pegar mulher sempre e quanto mais melhor, não consigo suportar caras que ficam tagarelando que são comedores, mas quando vejo suas esposas ou namoradas, são horripilantes, além de eles terem um estilo de vida mediocre! facepalm:
A vida é uma piada, agora a decisão de rir ou não é totalmente sua!!!
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Offline Tiago Sorine
Beta Esclarecido
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#3
12-01-2015, 09:24 PM
(12-01-2015, 08:45 PM)MILORD Escreveu: Muito interessante esta análise do filme, vou assistir aqui e visualiza-lo na ótica da real!

Sobre o homem ser homem por suas ações e não pelas ppks que come, isso está certíssimo, mas tenho uma pergunta.
Como lidar com isso, quando uma sociedade podre te pressiona a pegar mulher sempre e quanto mais melhor, não consigo suportar caras que ficam tagarelando que são comedores, mas quando vejo suas esposas ou namoradas, são horripilantes, além de eles terem um estilo de vida mediocre! facepalm:

Como lidar? Vivendo a vida de forma honrada sem se preocupar com o que dizem. Deixe que falem...Não mostre nada com palavras e sim com atitudes.
São imbecis que não aceitam quem toma as próprias decisões, que não aceitam quem tem as rédeas da própria vida. No fundo eles querem que vc seja como eles, um bando de fracassados comodistas.
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Offline Ajax
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#4
13-01-2015, 11:02 PM (Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 13-01-2015, 11:03 PM por Ajax.)
Vale a pena das uma aprofundada no trabalho do Joseph Campbell.

Víu Mandrake! hehehehe


Concordo com os comentários a respeito de não mudar por causa de mulher... agora um Homem numa relação SADiA com uma mulher DECENTE pode se desenvolver sim! Prover uma família, criar filhos fazem parte do ciclo natural e não deixa de ser um desafio.

Mas não é regra, cada um faz o que quer com a própria vida... eu sou adepto do Marriage Strike, até que alguma dama de valor apareça... se não rolar, PRAGA way of life!
''Im gonna shove that bat up your ass, and turn you into a popsicle''
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Offline Appollo
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#5
05-05-2015, 05:38 PM
Show de bola!

Descavando o tópico pra quem não viudar uma lida.
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