13-12-2013, 01:05 PM
Confrades, finalmente tomei coragem pra escrever meu relato. Relutei muito, mas acho que o único modo de conseguir uma mudança de verdade é me expondo pra alguém, então que seja aqui na Real, onde as pessoas podem me entender e ajudar.
Pra explicar tudo tenho que começar dizendo que sou filho de militar da marinha. Por causa disso a minha vida inteira foi mudando de estado a cada quatro anos. Era sempre assim, chegava numa cidade nova, demora um tempo pra me adaptar e quando finalmente tinha criado um círculo social, meu pai era transferido novamente.
Na minha infância eu era um cara bastante falador e brincalhão. Era sempre chamada a atenção dos professores por falar e brincar demais.
Mas o que realmente marcou minha vida e meu futuro foi a última transferência do meu pai antes de sua aposentadoria. Morávamos no Rio de Janeiro, eu tinha 13 anos e fomos mandados pra uma capital no norte do Brasil. Como era um pré-adolescente idiota fiquei puto com meu pai e a partir desse fato mudei totalmente minha personalidade.
De extrovertido passei a ser fechado, mal humorado e até mesmo anti-social. Minhas notas na escola, que eram ótimas, se tornaram medíocres. Todo fim de ano era aquela luta pra não reprovar. Continuei levando essa personalidade adiante. No ensino médio eu não cuidava da minha aparência, mal cortava o cabelo e nem fazia a barba (tive barba bem cedo). As pessoas inicialmente tinham certo “respeito” por mim,, mas isso mudava quando percebiam que eu era um bobão e passei a ser vitima de piadas.
Nem preciso dizer que por causa disso cresci e não desenvolvi habilidades sociais básicas, não sabia sequer iniciar uma conversa com uma pessoa. Só que já no último ano da escola eu comecei a tentar mudar e passei a cuidar melhor minha aparência. Por ter me desenvolvido mais cedo do que os adolescentes em geral, as garotas da sala ficaram aos meus pés, só que o bobão aqui não sabia como aproveitar. Minha insegurança e neurose me diziam que elas estavam só brincando com a minha cara.
Apesar de todos os problemas, ao terminar a escola me matriculei em um cursinho pré vestibular e fui aprovado de primeira em um curso de engenharia numa federal. Até hoje os meus ex-colegas se espantam quando ficam sabendo.
Dentro da universidade comecei a melhorar minha personalidade, de forma que hoje sou uma pessoa “normal”. Mas é claro que não me resolvi por completo, as falhas do passado ainda me atormentavam. Por te sido um aluno relapso, reprovei pelo menos uma matéria em cada semestre. Após 2 anos, cheguei num momento em que me considerava um fracasso e quase joguei tudo pro alto. Até esse momento nunca havia tido um relacionamento.
Foi aí que, durante uma viagem à cidade natal de minha mãe, conheci Silvana (nome fictício). Ela era filha de uma grande amiga de minha mãe. Estudava na mesma universidade que eu, mas passava as férias com a mãe. Menina criada no interior, religiosa e boa de conversa (mesmo antes de conhecer a Real eu tinha repulsa por vadias suburbanas). Não era bonita, mas o simples fato de ser atenciosa comigo fez esse bobalhão aqui ficar apaixonadinho. Achava que ela seria a solução pra todas as minhas inseguranças e frustrações.
Quando voltei pra capital criei um perfil no facebook só pra manter contato com ela. Trocavamos curtidas e mensagens o tempo inteiro, até que convidei ela pra sair. Chegando lá o meu passado bateu na porta de novo, não sabia como me comportar e fiquei a tarde inteira só conversando. Das vezes seguintes que conversei com ela tentei fazer mais contato, mas ela é daquelas crentes fervorosas (também sou evangélico), tocar nela só depois do casamento. Joguinhos mentais eram a especialidade dela (estudante de psicologia).
Já muito puto com tudo isso, resolvi apagar ela da minha vida. Exclui ela no facebook e mudei meu número do celular e passei a ignorá-la quando cruzava meu caminho. Fiquei sabendo por fontes confiáveis que ela entrou em depressão nessa época, falava até em casamento por aí, sendo que na minha frente era aquele cu doce.
Foi aí que um amigo me apresentou a Real. Passei a dar atenção ao desenvolvimento pessoal em todos os aspectos. Melhorei em todos, não posso dizer que foi uma revolução, mas uma boa mudança.
Chegamos ao presente momento, 8 meses de Real. Estou em fim de semestre, cheio de provas e trabalhos com prazo de entrega curto e ainda tenho 2 testes pra vaga de estágio marcados. Neste exato momento eu deveria estar cuidando desses assuntos, mas estou paralisado.
O foda é que justo nesses momentos de pressão eu fico pensando nela. É algo recorrente, basta chegar final de semestre que eu fico assim. Só que não vou fazer a besteira de procurá-la novamente.
O que fazer confrades?
Pra explicar tudo tenho que começar dizendo que sou filho de militar da marinha. Por causa disso a minha vida inteira foi mudando de estado a cada quatro anos. Era sempre assim, chegava numa cidade nova, demora um tempo pra me adaptar e quando finalmente tinha criado um círculo social, meu pai era transferido novamente.
Na minha infância eu era um cara bastante falador e brincalhão. Era sempre chamada a atenção dos professores por falar e brincar demais.
Mas o que realmente marcou minha vida e meu futuro foi a última transferência do meu pai antes de sua aposentadoria. Morávamos no Rio de Janeiro, eu tinha 13 anos e fomos mandados pra uma capital no norte do Brasil. Como era um pré-adolescente idiota fiquei puto com meu pai e a partir desse fato mudei totalmente minha personalidade.
De extrovertido passei a ser fechado, mal humorado e até mesmo anti-social. Minhas notas na escola, que eram ótimas, se tornaram medíocres. Todo fim de ano era aquela luta pra não reprovar. Continuei levando essa personalidade adiante. No ensino médio eu não cuidava da minha aparência, mal cortava o cabelo e nem fazia a barba (tive barba bem cedo). As pessoas inicialmente tinham certo “respeito” por mim,, mas isso mudava quando percebiam que eu era um bobão e passei a ser vitima de piadas.
Nem preciso dizer que por causa disso cresci e não desenvolvi habilidades sociais básicas, não sabia sequer iniciar uma conversa com uma pessoa. Só que já no último ano da escola eu comecei a tentar mudar e passei a cuidar melhor minha aparência. Por ter me desenvolvido mais cedo do que os adolescentes em geral, as garotas da sala ficaram aos meus pés, só que o bobão aqui não sabia como aproveitar. Minha insegurança e neurose me diziam que elas estavam só brincando com a minha cara.
Apesar de todos os problemas, ao terminar a escola me matriculei em um cursinho pré vestibular e fui aprovado de primeira em um curso de engenharia numa federal. Até hoje os meus ex-colegas se espantam quando ficam sabendo.
Dentro da universidade comecei a melhorar minha personalidade, de forma que hoje sou uma pessoa “normal”. Mas é claro que não me resolvi por completo, as falhas do passado ainda me atormentavam. Por te sido um aluno relapso, reprovei pelo menos uma matéria em cada semestre. Após 2 anos, cheguei num momento em que me considerava um fracasso e quase joguei tudo pro alto. Até esse momento nunca havia tido um relacionamento.
Foi aí que, durante uma viagem à cidade natal de minha mãe, conheci Silvana (nome fictício). Ela era filha de uma grande amiga de minha mãe. Estudava na mesma universidade que eu, mas passava as férias com a mãe. Menina criada no interior, religiosa e boa de conversa (mesmo antes de conhecer a Real eu tinha repulsa por vadias suburbanas). Não era bonita, mas o simples fato de ser atenciosa comigo fez esse bobalhão aqui ficar apaixonadinho. Achava que ela seria a solução pra todas as minhas inseguranças e frustrações.
Quando voltei pra capital criei um perfil no facebook só pra manter contato com ela. Trocavamos curtidas e mensagens o tempo inteiro, até que convidei ela pra sair. Chegando lá o meu passado bateu na porta de novo, não sabia como me comportar e fiquei a tarde inteira só conversando. Das vezes seguintes que conversei com ela tentei fazer mais contato, mas ela é daquelas crentes fervorosas (também sou evangélico), tocar nela só depois do casamento. Joguinhos mentais eram a especialidade dela (estudante de psicologia).
Já muito puto com tudo isso, resolvi apagar ela da minha vida. Exclui ela no facebook e mudei meu número do celular e passei a ignorá-la quando cruzava meu caminho. Fiquei sabendo por fontes confiáveis que ela entrou em depressão nessa época, falava até em casamento por aí, sendo que na minha frente era aquele cu doce.
Foi aí que um amigo me apresentou a Real. Passei a dar atenção ao desenvolvimento pessoal em todos os aspectos. Melhorei em todos, não posso dizer que foi uma revolução, mas uma boa mudança.
Chegamos ao presente momento, 8 meses de Real. Estou em fim de semestre, cheio de provas e trabalhos com prazo de entrega curto e ainda tenho 2 testes pra vaga de estágio marcados. Neste exato momento eu deveria estar cuidando desses assuntos, mas estou paralisado.
O foda é que justo nesses momentos de pressão eu fico pensando nela. É algo recorrente, basta chegar final de semestre que eu fico assim. Só que não vou fazer a besteira de procurá-la novamente.
O que fazer confrades?
"Não adianta querer mudar o mundo ou querer bancar o super-herói paspalhão. Se você conseguir mudar a si mesmo já será uma grande vitória."-Doutrinador
"Animal de barriga cheia não caça" - Jorge Gerdau
"Animal de barriga cheia não caça" - Jorge Gerdau