03-01-2012, 11:20 PM
Sobre o autor:
Quem é Mário Ferreira dos Santos? Que importância tem ele para merecer nossa leitura? Perguntas como estas são mais do que legÃtimas, porque é exatamente isto o que aconteceu a um dos maiores filósofos do século XX: tornou-se um âquemâ, um espectro vagando nos recônditos da cultura brasileira, enquanto as traças devoram seus livros nas sepulturas dos sebos.
Tão subtraÃdo foi esse filósofo nos últimos 40 anos que à s vezes a apresentação de suas obras adquire um ar de âconhecimento iniciáticoâ. Os que conhecem Mário somente de nome o mencionam por aà como um âanarquista cristãoâ, outros como âastrólogo pitagóricoâ, outros até mesmo como um âmÃsticoâ. Os que efetivamente leram Mário Ferreira dos Santos sabem que tais epÃtetos não passam de ridÃculos espantalhos, estigmas criados por quem desconhece a sua obra.
à impossÃvel passar incólume pelas inúmeras sÃnteses que Mário realiza em sua filosofia concreta. Mesmo que compreender totalmente o seu imenso edifÃcio seja tarefa hercúlea, talvez impossÃvel, ao menos um sentimento muito forte desperta com sua leitura: o do espÃrito filosófico, o da crença em uma verdade que deve ser imediatamente investigada.
Sobre o livro:
A História nos relata que houve muitas invasões HORIZONTAIS de bárbaros; ou seja, invasões que se processaram com maior lentidão ou não, maior rapidez ou não, e que consistiram na penetração pacÃfica ou violenta dos povos, que se deslocavam para as regiões habitadas por outros, impondo-lhes o seu poder ou pelo menos os seus costumes. Mas só se pode falar em invasão de bárbaros, quando essa se processa no território que corresponde à civilização. Não foram essas invasões tão cruentas como muitas vezes são descritas, pois as que se processaram no antigo Império Romano, sobretudo no perÃodo final, processaram-se gradualmente, e muitas vezes com o apoio interno dos próprios civilizados, já barbarizados em muitos dos seus costumes.
Na verdade, a invasão que é a penetração gradual e ampla dos bárbaros não só se processa HORIZONTALMENTE pela penetração no território civilizado, mas também VERTICALMENTE, que é a que penetra pela cultura, solapando os seus fundamentos, e preparando o caminho à corrupção mais fácil do ciclo cultural, como aconteceu no fim do império romano, e como começa a acontecer agora entre nós
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