15-03-2014, 08:30 PM
E se não existisse monogamia?
Não, não seria um liberou geral. A história deixa claro: mais de 80% das sociedades que já existiram permitiram a poligamia em algum momento. Ainda hoje há países em que ela é bastante comum, principalmente na África. E em nenhum desses lugares reinou o amor livre ou coisa que o valha. Mas sim a desigualdade extrema. E a violência.
Sempre que a poligamia foi liberada, os homens mais ricos, poderosos e desejáveis dominaram o mercado do casamento - pegaram quase todas as noivas para eles. Já os " casais " formados por uma mulher e vários maridos praticamente nunca existiram. A razão aí é biológica. Se vários homens casam com a Angelina Jolie, nenhum vai saber com certeza se é pai de algum dos filhos que saíram dela. Isso moldou o cérebro masculino para ter asco a idéia de dividir uma parceira. E até para matar rivais se for necessário.
As mulheres? Elas também sentem ciúmes, lógico, mais não de uma forma tão intensa. Se 10 moças casarem com o Brad Pitt, todo mundo na casa vai saber quem é o pai e a mãe de cada criança. Isso ameniza bem as coisas e torna essa " vida a 11 " mais ou menos tolerável. Só que tem um problema: num mundo poligâmico, os Brad Pitts - os caras mais desejáveis - teriam muitas esposas e os zés-manés nenhuma. As massas teriam que disputar as poucas garotas que sobrassem. E aí a violência bombaria. Aí complica. " Líderes proibiram a poligamia quando precisavam que seus súditos combatessem um inimigo em vez de lutar em entre si ", escreveu o neurocientista Steven Pinker, da universidade de Harvard. Não é à toa que orgias à parte, Grécia e Roma defendiam a monogamia. Sem ela talvez não tivéssemos chegado até aqui.
CASAMENTOS SEM CERIMÔNIA
1 - MONÓPOLIO
Ao longo da história mulheres conviveram melhor com a idéia de dividir um cônjuge do que os homens. E os poderosos sempre levaram vantagem nisso. Em tribos do Quênia por exemplo , por exemplo, a poligamia é legalizada, e as meninas podem escolher com quem casar. Mesmo assim a maioria prefere repartir um marido rico do que ter um pé rapado exclusivo.
2 - ULTRAVIOLÊNCIA
Com poucos sujeitos monopolizando todas as garotas surge o animal mais perigoso que existe: o homem jovem e privado de sexo. TODAS AS SOCIEDADES COM POUCAS MULHERES DISPONÍVEIS FORAM MAIS VIOLENTAS QUE A MÉDIA ( vide Velho Oeste americano ). Boa parte dos machos nunca hesitou em lutar até a morte para escapar do celibato.
3 - DONA FLOR
Também haveria mulheres com mais de um marido. Isso existe no mundo real, mas só em lugares onde faltam recursos e há pouca gente para formar família, como a Groenlândia e o Tibete. O problema e a violência masculina: um marido costuma matar o outro por ciúme. A solução que alguns desse grupos arranjaram para diminuir a carnificina foi deixar que irmãos só casem com a mesma mulher.
4 - QUER PAGAR QUANTO?
A escassez de mulheres cria uma nova economia: a da venda de esposas. Sempre que a poligamia foi permitida os pais cobraram pela mão das filhas. Hoje a igualdade dos sexos é a maior da história, não é tão provável que isso aconteça. Mas nada impeça que surja um novo costume: o noivo presentear os pais da moça na hora de pedi-la em casamento.
5 - FILHOS DE NINGUÉM
Os maiores poligâmicos da história tiveram muitos, muitos filhos - o recorde oficial é do sultão marroquino Moulay Ismail ( 1675 - 1727 ), com 888. Num cenário assim só uns poucos são considerados legítimos, com direito a herança. O resto fica na mão.
Interessante, Super - Dezembro de 2008
Texto: Versignassi Alexandre[/size][/color]
Não, não seria um liberou geral. A história deixa claro: mais de 80% das sociedades que já existiram permitiram a poligamia em algum momento. Ainda hoje há países em que ela é bastante comum, principalmente na África. E em nenhum desses lugares reinou o amor livre ou coisa que o valha. Mas sim a desigualdade extrema. E a violência.
Sempre que a poligamia foi liberada, os homens mais ricos, poderosos e desejáveis dominaram o mercado do casamento - pegaram quase todas as noivas para eles. Já os " casais " formados por uma mulher e vários maridos praticamente nunca existiram. A razão aí é biológica. Se vários homens casam com a Angelina Jolie, nenhum vai saber com certeza se é pai de algum dos filhos que saíram dela. Isso moldou o cérebro masculino para ter asco a idéia de dividir uma parceira. E até para matar rivais se for necessário.
As mulheres? Elas também sentem ciúmes, lógico, mais não de uma forma tão intensa. Se 10 moças casarem com o Brad Pitt, todo mundo na casa vai saber quem é o pai e a mãe de cada criança. Isso ameniza bem as coisas e torna essa " vida a 11 " mais ou menos tolerável. Só que tem um problema: num mundo poligâmico, os Brad Pitts - os caras mais desejáveis - teriam muitas esposas e os zés-manés nenhuma. As massas teriam que disputar as poucas garotas que sobrassem. E aí a violência bombaria. Aí complica. " Líderes proibiram a poligamia quando precisavam que seus súditos combatessem um inimigo em vez de lutar em entre si ", escreveu o neurocientista Steven Pinker, da universidade de Harvard. Não é à toa que orgias à parte, Grécia e Roma defendiam a monogamia. Sem ela talvez não tivéssemos chegado até aqui.
CASAMENTOS SEM CERIMÔNIA
1 - MONÓPOLIO
Ao longo da história mulheres conviveram melhor com a idéia de dividir um cônjuge do que os homens. E os poderosos sempre levaram vantagem nisso. Em tribos do Quênia por exemplo , por exemplo, a poligamia é legalizada, e as meninas podem escolher com quem casar. Mesmo assim a maioria prefere repartir um marido rico do que ter um pé rapado exclusivo.
2 - ULTRAVIOLÊNCIA
Com poucos sujeitos monopolizando todas as garotas surge o animal mais perigoso que existe: o homem jovem e privado de sexo. TODAS AS SOCIEDADES COM POUCAS MULHERES DISPONÍVEIS FORAM MAIS VIOLENTAS QUE A MÉDIA ( vide Velho Oeste americano ). Boa parte dos machos nunca hesitou em lutar até a morte para escapar do celibato.
3 - DONA FLOR
Também haveria mulheres com mais de um marido. Isso existe no mundo real, mas só em lugares onde faltam recursos e há pouca gente para formar família, como a Groenlândia e o Tibete. O problema e a violência masculina: um marido costuma matar o outro por ciúme. A solução que alguns desse grupos arranjaram para diminuir a carnificina foi deixar que irmãos só casem com a mesma mulher.
4 - QUER PAGAR QUANTO?
A escassez de mulheres cria uma nova economia: a da venda de esposas. Sempre que a poligamia foi permitida os pais cobraram pela mão das filhas. Hoje a igualdade dos sexos é a maior da história, não é tão provável que isso aconteça. Mas nada impeça que surja um novo costume: o noivo presentear os pais da moça na hora de pedi-la em casamento.
5 - FILHOS DE NINGUÉM
Os maiores poligâmicos da história tiveram muitos, muitos filhos - o recorde oficial é do sultão marroquino Moulay Ismail ( 1675 - 1727 ), com 888. Num cenário assim só uns poucos são considerados legítimos, com direito a herança. O resto fica na mão.
Interessante, Super - Dezembro de 2008
Texto: Versignassi Alexandre[/size][/color]
" Sê senhor da tua vontade e escravo da tua consciência. " Aristóteles