Estava sem tempo para acessar o fórum e fiquei devendo a conclusão dessa história com um relato de campo do casamento. Muita coisa rolou, portanto vou tentar resumir o máximo que der e dar destaque ao que realmente interessa.
Durante a cerimônia, fiquei inquieto no banco, olhando ao redor. A única coisa que passava na minha cabeça era o .gif do Michael Jackson do Thriller. Acho que no fundo era essa a sensação que eu tive ao acompanhar tudo aquilo.
Percebi que
ambos estavam animados com o matrimônio, mas a impressão que tive era a de que
Ricardo estava mais empolgado do que Roberta, além de mais pró-ativo. Não que ela não estivesse, até porque transparecia felicidade,
mas a esposa era mais comedida. Outro detalhe é que ela
não cumprimentou ou socializou com nenhum dos convidados de Ricardo, o que gerou um desconforto em todos nós.
Após a cerimônia, nos dirigimos a um salão grande e a festa seguiu. Ricardo foi até a minha mesa e cumprimentou a todos, em seguida me chamou para uma conversa particular. Ele me perguntou o que eu estava achando. Aquilo me incomodou e respondi que era a felicidade dele que estava em jogo, além de ser uma decisão pessoal dele, e, portanto, não deveria buscar a validade dos outros. Já havia deixado claro a minha opinião quanto ao casamento, mas disse que não fui até lá para "meter a Real" e que estava feliz por ele.
Nessa conversa, ele me contou algumas coisas interessantes que vou citar em forma de tópico, e que fizeram o meu sentido de aranha (poderes premonitórios da Real) apitar a todo instante na minha cabeça:
Show ContentSpoiler:
1) Comentou que tem uma boa relação com os filhos de Roberta, e que gostaria de fazer parte da educação deles. Não tive curiosidade de perguntar sobre o pai das crianças, mas a impressão que ficou foi a de que ele é ausente, e que Ricardo vestiu o uniforme de superherói;
2)
Disse que o maior sonho é ter o seu filho com Roberta. A preferência é por um menino, mas que o sonho maior mesmo é ser pai biológico (Bom amigos, ela já tem 2 e já passou dos 30...);
3)
Confessou que quis casar com separação total de bens, mas
tomou um ultimato dela (Usou este termo) e acabaram casando com
comunhão parcial de bens;
4) Disse que a esposa invocou um pouco com os convidados dele,
especialmente os amigos e aqueles do passado, e que por isso ela não quis socializar com os convidados dele;
5) Por fim, me disse que a lua de mel será emendada com o Carnaval e que irão passar em Salvador;
6) Ele disse que não me chamou para o discurso
porque achava que eu ia trollar o casamento, e meter a Real nele e nos convidados.

Antes de encerrar a conversa, comentei com ele que se preparasse
pois seria uma relação cheia de altos e baixos, como qualquer outro casamento e que exigiria muito dele já que ela possuía 2 filhos. Não sei se ele se ofendeu com o alerta, achou aquilo desrespeitoso ou se não deu atenção, já que
ignorou o comentário.
Em um dado momento, anunciaram que duas pessoas iriam ler um discurso. A esposa escolheu uma mulher lá, e Ricardo escolheu um cara lá que não fazia parte da velha guarda e que eu não conheço.
O primeiro discurso da amiga de Roberta, em resumo, destacava e exaltava a noiva, coisas como o quanto ela melhorou após conhecer Ricardo.
Fiquei com a impressão de que ele foi "coisificado" como um mero objeto de Roberta.
Já o discurso do amigo de Ricardo foi digno de pena e de um facepalm. Em resumo o cara falou aquelas coisas sobre alma gêmea e correr atrás dela, terminando com comentários sobre o tal "amor eterno". Para quem acompanhou a odisséia com a Cláudia, o discurso causou uma péssima impressão. Alguém na mesa inclusive comentou "vai ser eterno enquanto durar", e o pessoal caiu na risada.
Após isso, comecei a interagir com uma convidada de Roberta que estava sentada próxima da mesa dos noivos, e ali percebi que a esposa não deixava Ricardo sair dali e fazia cara de cu para qualquer convidado que ia felicitar o casal. Acho que nem ao menos dançaram uma música. E pra finalizar, ela dava mais atenção aos filhos do que a Ricardo.
Como a minha investida não rendeu em nada, senti que era hora de puxar o carro porque já estava tarde. Me despedi dele, desejando sorte e felicidade sem cumprimentar a mulher dele. Voltei até a mesa para me despedir do pessoal e fui surpreendido com um bolão que fizeram sobre a duração do matrimônio, e outro sobre quem vai incitar o divórcio.
Meus palpites foram 2 anos e que ela deve dar o PNB, porque aquilo que presenciei deixou claro quem era mais dependente emocionalmente e quem ditava as regras ali.
De positivo ficou as importantes metidas de Real que eu escutei de caras que nem ao menos a conhecem, e que não compactuaram com a decisão de Ricardo. Por causa do manginismo de hoje, eu tinha um receio de que muitos acabassem concordando e compactuando com a decisão dele, mas não foi o que eu vi e ouvi.