04-02-2013, 04:48 PM
(Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 04-02-2013, 04:48 PM por quarentão.)
Sociedade espera que juízes e promotores devolvam os vales que os humilham
Promotores e juízes, procuradores e desembargadores formam um respeitável quarteto de servidores públicos. Ganham bem, são admirados pela população e gozam da fama de honestos. Agora, estão com a oportunidade de ampliar esse prestígio. Já foram depositados em suas contas três penduricalhos. Os integrantes do Ministério Público estão degustando o vale-linguiça de 25 reais por dia. E os membros do Poder Judiciário embolsam o vale-livro de 2 mil e 600 reais e o auxílio-moradia de 2 mil e 100 reais. São mordomias questionáveis sob vários aspectos, nenhum deles condizente com a honradez dos homens da capa preta. Possivelmente, são vantagens ilegais. Certamente, são privilégios imorais.
Este fevereiro é um mês vital para a carreira dos operadores do Direito. A Ordem dos Advogados do Brasil tem o dever de acionar os tribunais contra os componentes do Ministério Público e da própria Justiça. A OAB não pode se acovardar, pois uma de suas funções é defender a cidadania e os penduricalhos são uma facada no coração da sociedade. Espera-se também a aparição da parte ética dos respectivos órgãos beneficiados pela verba suspeita. Quando o bom se cala, o mau triunfa. Desde o fim de janeiro, está entrando dinheiro discutível na conta dos bons e dos maus. Espera-se que 100% dos promotores, procuradores, juízes e desembargadores sejam bons. Por isso, aguarda-se que 100% deles comuniquem à Procuradoria-Geral de Justiça e ao Tribunal de Justiça que rejeitam os arranjos inconstitucionais.
Além de ferirem a legislação, se mostram irrelevantes. O vale-marmita é insignificante se comparado aos vencimentos de quem exerce função de estado. Somado à parte eleitoral, promotor ganha mensalmente mil vezes mais que o vale-linguiça. É tão grande a disparidade que diversos beneficiados sequer notaram os tostões a mais. Vale-linguiça de promotor é do tamanho do salário mensal de um contínuo terceirizado do Tribunal de Justiça. Ou seja, 500 reais. E o pessoal da limpeza do TJ já reclamou que recebe com atraso, sem vale-transporte nem tíquete-refeição. Enfim, o que não é nada para o promotor, é tudo para o faxineiro. O promotor capta o vale-linguiça e nem sente. O faxineiro não recebe sequer o salário normal e sente muito.
Os magistrados passam a contar com auxílio-casa e vale-livro.
Como não existe nenhum juiz sem-teto, todos poderiam ficar sem teta. Servidores que precisam de incentivo para moradia são o gari, o enfermeiro, o soldado. E nenhum deles tem 2 mil e 100 reais todo mês de dinheiro público para pagar aluguel. Aliás, o salário total de gari, enfermeiro e soldado é menor que o auxílio-moradia do juiz.
Como não existe nenhum juiz sem condição de comprar livro, todos poderiam ficar livres desse desgaste. Quem precisa de dinheiro para livro é o professor, o aluno, o pesquisador. E nenhum deles tem 2 mil e 600 reais para adquirir obras utilizadas em seus estudos. Aliás, o rendimento total de professor, aluno e pesquisador é menor que o vale-livro do juiz.
A sociedade almeja que todos os juízes e desembargadores, procuradores e promotores se revoltem contra os penduricalhos. Comparados ao salário de suas excelências, esses vales são uma ninharia. Mas são piores que isso. Vale-linguiça humilha o promotor. Vale-linguiça pisoteia o procurador. Vale-livro e auxílio-moradia envergonham os magistrados. A sociedade continua à espera dos gritos de suas excelências. De indignação ou de dor na consciência.
Fonte da matéria... http://www.portal730.com.br/editorial/so...s-humilham
Promotores e juízes, procuradores e desembargadores formam um respeitável quarteto de servidores públicos. Ganham bem, são admirados pela população e gozam da fama de honestos. Agora, estão com a oportunidade de ampliar esse prestígio. Já foram depositados em suas contas três penduricalhos. Os integrantes do Ministério Público estão degustando o vale-linguiça de 25 reais por dia. E os membros do Poder Judiciário embolsam o vale-livro de 2 mil e 600 reais e o auxílio-moradia de 2 mil e 100 reais. São mordomias questionáveis sob vários aspectos, nenhum deles condizente com a honradez dos homens da capa preta. Possivelmente, são vantagens ilegais. Certamente, são privilégios imorais.
Este fevereiro é um mês vital para a carreira dos operadores do Direito. A Ordem dos Advogados do Brasil tem o dever de acionar os tribunais contra os componentes do Ministério Público e da própria Justiça. A OAB não pode se acovardar, pois uma de suas funções é defender a cidadania e os penduricalhos são uma facada no coração da sociedade. Espera-se também a aparição da parte ética dos respectivos órgãos beneficiados pela verba suspeita. Quando o bom se cala, o mau triunfa. Desde o fim de janeiro, está entrando dinheiro discutível na conta dos bons e dos maus. Espera-se que 100% dos promotores, procuradores, juízes e desembargadores sejam bons. Por isso, aguarda-se que 100% deles comuniquem à Procuradoria-Geral de Justiça e ao Tribunal de Justiça que rejeitam os arranjos inconstitucionais.
Além de ferirem a legislação, se mostram irrelevantes. O vale-marmita é insignificante se comparado aos vencimentos de quem exerce função de estado. Somado à parte eleitoral, promotor ganha mensalmente mil vezes mais que o vale-linguiça. É tão grande a disparidade que diversos beneficiados sequer notaram os tostões a mais. Vale-linguiça de promotor é do tamanho do salário mensal de um contínuo terceirizado do Tribunal de Justiça. Ou seja, 500 reais. E o pessoal da limpeza do TJ já reclamou que recebe com atraso, sem vale-transporte nem tíquete-refeição. Enfim, o que não é nada para o promotor, é tudo para o faxineiro. O promotor capta o vale-linguiça e nem sente. O faxineiro não recebe sequer o salário normal e sente muito.
Os magistrados passam a contar com auxílio-casa e vale-livro.
Como não existe nenhum juiz sem-teto, todos poderiam ficar sem teta. Servidores que precisam de incentivo para moradia são o gari, o enfermeiro, o soldado. E nenhum deles tem 2 mil e 100 reais todo mês de dinheiro público para pagar aluguel. Aliás, o salário total de gari, enfermeiro e soldado é menor que o auxílio-moradia do juiz.
Como não existe nenhum juiz sem condição de comprar livro, todos poderiam ficar livres desse desgaste. Quem precisa de dinheiro para livro é o professor, o aluno, o pesquisador. E nenhum deles tem 2 mil e 600 reais para adquirir obras utilizadas em seus estudos. Aliás, o rendimento total de professor, aluno e pesquisador é menor que o vale-livro do juiz.
A sociedade almeja que todos os juízes e desembargadores, procuradores e promotores se revoltem contra os penduricalhos. Comparados ao salário de suas excelências, esses vales são uma ninharia. Mas são piores que isso. Vale-linguiça humilha o promotor. Vale-linguiça pisoteia o procurador. Vale-livro e auxílio-moradia envergonham os magistrados. A sociedade continua à espera dos gritos de suas excelências. De indignação ou de dor na consciência.
Fonte da matéria... http://www.portal730.com.br/editorial/so...s-humilham