21-12-2019, 08:30 PM
(Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 21-12-2019, 08:36 PM por Velho Gonçalves.)
(Pretendo ir postando, rotineiramente, uma série de reflexões desapegadas sobre diversos assuntos. Esta é a primeira; porém, adianto que apesar do tamanho, não há nada de novo no front rsrs)
#001 - Articulações sobre hierarquia social; a importância da mulher; e maximização do fluxo da natureza
Quando uma pessoa busca compreender os fundamentes de qualquer aspecto da vida, deve procurar se colocar em uma posição neutra de reflexão, caso contrário, os vieses culturais, religiosos – auto protetores – vão impedir o esclarecimento. Essa impressão é muito fácil de ser visualizada. Experimente, por exemplo, beber café em um copo ao longo de um dia. À noite, meta água neste mesmo copo e beba: ainda sentirá um gosto forte de café... Ao menos que o copo seja lavado antes. Não é mesmo?
Em relação às nossas experiências de vida; as que ficam “impregnadas no copo da nossa existência”, eis a pergunta: como retirar a “sujeira do café”, de maneira que o “gosto verdadeiro” de novas experiências possa ser apreciado? A minha introdução é necessária para determinar o seguinte: qualquer assunto sério a ser discutido, necessita de imparcialidade... Caso o contrário, o “gosto do café velho vai impedir a apreciação da água nova”. Tal é o fundamento da existência de Juízes independentes, para a determinação de quem tem razão e quem não tem, em uma causa num tribunal.
Sobre a Hierarquia
Isto é uma coisa que nossos pais e professores não nos ensinaram, de forma direta, quando éramos crianças. De acordo com Dr. Peterson (2018), todas as formas de vida que habitam esse planeta, relacionam-se obedecendo uma hierarquia de funções; que naturalmente estabelece e classifica os indivíduos do mais fraco ao mais forte; do menos inteligente ao mais inteligente; do mais feio ao mais bonito; do mais covarde ao mais corajoso; do mais doente ao mais saudável; ou seja, daquele mais próximo da morte imediata até ao mais vivo, pleno, farto de possibilidades: o eterno e o perfeito.
Vamos refletir e analisar a nossa própria vida. É quase certo que, no primeiro momento (geralmente 5 segundos) em que conhecemos uma nova pessoa (mulher ou homem), o nosso consciente – trabalhando com a precisão de um relógio suíço – faz as contas e, imediatamente, nos apresenta o resultado da comparação hierárquica entre nós e a respectiva nova pessoa. O resultado, o diagnóstico, é difícil de ser expressado em palavras, ou ser explicado; mas fato é que naquele mesmo momento, a nossa existência – o nosso coração – compreende exatamente quem está em nível superior e inferior na escala hierárquica da vida. E ambas pessoas passam a se relacionar, de forma natural, respeitando esta posição hierárquica que acaba de ser estabelecida. Repare como as pessoas se relacionam numa roda de bar, numa sala de aula ou num escritório.
Tal resultado é calculado – de forma mais rápida que um computador de última geração – graças às variáveis de uma equação que vem sendo moldada com o passar dos anos, desde os primórdios do nosso DNA. Aos religiosos, a conciliação ótima (que eu mesmo acho muito viável) é pensar que Deus, perfeito, foi quem escreveu essa equação. Quem não é religioso, então, pode se satisfazer concluindo que a teoria da evolução veio escrevendo as variáveis de acordo com a seleção natural. A explicação se encaixa em ambos cenários. Quem está em nível maior na escala, agirá com dominação; quem está em nível menor, com subordinação.
Quando duas pessoas em níveis similares se encontram, naturalmente vão estabelecer atividades de conflito, até que uma hora – inevitavelmente – a classificação de quem está abaixo e quem está acima seja estabelecida. Ao perdedor, o estresse psicológico da “batalha” perdida, ficará gravado em sua memória; afinal de contas, ser desclassificado na “tabela hierárquica da vida” significa maior aproximação da morte. Este individuo, então, mostrará sinais claros de seu rebaixamento: ombros caídos, semblante abatido e cheiro de doença. Cabe ressaltar, ainda, que quanto maiores os embates perdidos, menos o indivíduo irá se submeter a outros conflitos, pois ele sabe quão amarga é a derrota: eis a formação do DNA de um covarde.
Com o ganhador, porém, acontece o máximo oposto: o sabor doce de subir na escala hierárquica da vida lhe é viciante; e a memória de uma vitória recente o encoraja a NÃO CORRER e não se abster de conflitos futuros: ele quer mais!!! A bíblia explica isso com um simples versículo: “Porque a todo aquele que tem em abundância, ainda mais lhe será dado. Porém, àquele que não tem nada, até o que lhe resta será arrancado. Mateus, 25:29”.
Sobre a importância da mulher
De tão óbvia, não precisava ser articulada!
Neste mundo, o feminino representa a porta pela qual a vida surge. Não sabemos o sentido da vida, nem seu propósito. Os religiosos, por outro lado, possuem suas explicações e se satisfazem com elas. Os céticos; porém, abstém-se de opinar a respeito. Agora, independente de qual seja a crença, em se tratando da vida, uma coisa pode ser afirmada com observação filosófica: ela deve ser mantida, continuada, espalhada, preservada: guardada como hímen de uma virgem ou como o abate de um predador faminto.
Analisamos com certa rapidez a forma notável com a qual a vida estabelece uma hierarquia natural na terra. Os evolucionistas vão concordar que o que sabemos hoje é fruto do resultado bem-sucedido de embates das espécies e gerações passadas. Ou seja, temos à disposição da capacidade dos nossos cérebros – e da agilidade dos nossos músculos – as memórias que fizeram com que nossos ancestrais pudessem derrubar gigantes predadores no passado. Os predadores de hoje, são tão ferozes quanto os de outrora; talvez, porém, com dentes menores apenas!
Isso significa que os melhores se sobressaíram! Os melhores venceram. Os melhores triunfaram e multiplicaram: construíram plantações; pontes; estradas; carroças; casas; castelos; barcos; navios; prédios; cidades; motores; e etc. Até chegar neste computador que uso neste momento para escrever esse texto. Eis uma observação que não pode ficar de fora: estes notáveis construtores, porventura, não foram os melhores de seu tempo? Não eram aqueles que, na hierarquia da vida, venceram o embate com os mais fracos, mais desajeitados, mais feios, mais doentes, mais desinteligentes? Óbvio que sim! Caso contrário, eu estaria escrevendo – agora - com pedra e madeira, tal fosse o meu background genético.
Eis o papel do feminino, o qual pode ser classificado e denominado como sendo a “porta de entrada na vida”. Em uma situação culturalmente não forçada, cabe à fêmea escolher seu macho. A mulher, por natureza, inclina-se de desejo pelo mais alto, mais belo, mais inteligente, mais abundante, mais armado, mais cheio de vida! Qual é o tipo de homem nessas condições senão aquele que se sobressai naturalmente, no embate com outros machos, na Hierarquia da vida?
A mulher, por conclusão, é atraída naturalmente por homens que ocupam posição de dominação hierárquica, e repudiam aspectos masculinos que demonstram posições de subordinação. Afinal de contas, àqueles que perderam na hierarquia da vida, cabe-lhes o rebaixamento para as classes inferiores, nas quais a vida é incerta e desprovida de prazeres e boas expectativas futuras: ninguém quer estar por baixo, ninguém quer morrer! De acordo, ainda, com Peterson (2018), isso explica o motivo pelo qual pessoas de classes inferiores tendem a ter comportamentos de prazer abusivos ligados a autodestruição, pois é o que lhes resta! Não sabem se vão estar vivos amanhã: logo, entregam-se ao álcool; às drogas; ao crime e à prostituição, ou seja: despencam no abismo da morte tentando sentir o máximo de prazer que, ainda, pode ser sentido!
Ligando os pontos com o primeiro parágrafo, vamos imaginar em qual estágio evolucionário estaríamos agora, se a mulher – em sua seleção natural – NÃO fosse inconscientemente direcionada à hipergamia; ou seja, para a busca de formar família com homens de posição privilegiada na hierarquia social. Se esse fosse o caso, poderíamos nem estar vivos hoje, afinal de contas, a fome da família deveria saciada após a queda e o abate do Mamute; e, como vimos anteriormente, sabemos quais são os homens capazes de fazer tal feito! Aqueles que demonstram maior postura de dominância.
Isso explica o motivo pelo qual determinados comportamentos masculinos que, mesmo sendo errantes, atraem tanto a atenção de outras mulheres; simplesmente pelo fato de refletirem grande quantidade de dominância: desapego; violência; criminalidade; exibicionismo. Por fim, quem é destemido? Resposta: aquele que não tem medo de morrer! Por conclusão, sabemos que a ausência do medo da morte é característica sine qua non de quem está no topo da hierarquia!
Porém, com certeza, seria negligente deixar de mencionar um aspecto histórico fundamental: nem sempre a mulher esteve em posição de escolha! Nem sempre ela pode escolher o príncipe, no lugar do alfaiate, nem sempre ela pode se casar com o homem cuja simples visualização deste era suficiente para lhe tocar o coração! A mulher enfrentou tempos sombrios, nos quais ela – por exemplo – via o rosto de seu parceiro apenas no dia do casamento! Nesta situação, porém, a hierarquia também operava!
Ora, isto é óbvio! Se invertermos a natureza, e colocarmos a mulher numa situação na qual ela não escolherá; mas, pelo contrário, será escolhida, por consequência matemática, nesta situação proposta (e que ainda ocorre em alguns países e culturas!) em um embate entre dois ou mais homens pelo útero (sexo) desta mulher, qual será o nível hierárquico do vencedor? Tal pergunta nem precisa ser respondida!
Concluindo, a hierarquia natural, estabelecida, resolve o problema da necessidade de continuidade e evolução da vida para estágios melhores, mais fartos, seguros e abundantes. É fácil de ser compreendido, através de simples observação, que a mulher – independente de como estiver sua situação em uma sociedade - podendo ela escolher o seu parceiro, ou sendo ela escolhida, tenderá a sempre acabar por estar ao lado daqueles que estão nos maiores níveis hierárquicos.
Da maximização do fluxo perfeito da natureza
Trocando por miúdos, a hierarquia social e a importância da mulher para a manutenção desta hierarquia, podem ser muito bem explicadas por uma lei da física, recém descoberta e estudada por Adrian Benjan (1996). Em resumo, essa lei estabelece que todas as coisas na natureza, tangíveis e intangíveis, fluem sobre um princípio comum: o de maximizarem suas potencias de maneira a, cada vez mais, atingirem estágios mais fluidos e perfeitos, tornando-se cada vez mais eficazes. Trata-se da “Lei constructal” (Benjan, 1996).
Então, se estabelecermos uma correlação entre essa lei, e o assunto discutido relacionado à existência da Hierarquia na vida na terra, e a função primordial da mulher em relação à essa hierarquia, chegaremos a conclusão de que não apenas a vida humana se perpetuará, como seguirá em continua evolução para estágios cada vez mais fluídos e eficazes. Não é à toa que, como já fora estabelecido (fonte desconhecida), a qualidade de vida de uma pessoa de classe média dos dias de hoje, é muito superior à qualidade de vida de qualquer um dos reis famosos que viveu nas épocas medievais.
Por fim, em um outro tópico (Uma Interessante conversa de bêbado), eu falhei na tentativa de explicar um pensamento que eu vinha tendo há muito tempo: o de que todas as coisas intangíveis, imateriais (pensamentos, ações sociais) poderiam ser explicadas, consequentemente, previstas, utilizando as leis da física aplicadas em objetos tangíveis, com massa!. Ou seja, quando usamos as famosas “analogias”, na verdade, não estamos a falar de situações simplesmente, ou coincidentemente, parecidas! Mas sim, estamos, sem saber, descrevendo duas situações (uma material e outra imaterial) que estão acontecendo por uma mesma lei comum da natureza. Na época, eu não conhecia esta lei Constructal.
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