14-09-2014, 08:22 PM
Retirado de : http://www.infomoney.com.br/mercados/aco...-empiricus
1) "A crise vem de fora"
Como primeira "mentira", Miranda cita o discurso oficial do governo de que a crise vem de fora, como justificativa da recessão técnica em curso no Brasil. O que ele diz? "Olhando para dados da América Latina, o crescimento econômico do governo Dilma será, na média, dois pontos percentuais menor àquele apresentado por nossos vizinhos, enquanto nos governos Lula e FHC avançamos na mesma velocidade".
Em relação aos países latinos que adotaram políticas econômicas ortodoxas e perseguiram uma agenda de reformas, o quadro é ainda pior: Chile, Colômbia e Peru cresceram 4,1%, 4% e 5,6% ao ano, entre 2008 e 2013. Enquanto isso, a evolução média do PIB brasileiro na administração de Dilma deve ser de 1,7% ao ano.
2) "A política neoliberal vai aumentar o desemprego"
O segundo ponto é que com o PIB desacelerando por conta da política heterodoxa do governo, cedo ou tarde isso baterá no emprego. "Podemos não conseguir precisar qual a exata função de produção, ou seja, de como o PIB se relaciona com o nível de emprego, mas não há como contestar a existência de relação entre as variáveis", disse.
Segundo Miranda, o crescimento econômico da era Dilma é o menor desde Floriano Peixoto, governo terminado em 1894, subsequente à crise do encilhamento. "Há uma transmissão óbvia desse comportamento para o emprego", disse.
3) "A oposição quer acabar com o reajuste do salário mínimo"
Para ele, essa é mais uma "mentira escabrosa": primeiro porque os dois candidatos da oposição já se comprometeram em manter a política de reajuste de salário mínimo; segundo, pois quando Dilma se coloca como protetora do salário mínimo está simplesmente "contrariando as estatísticas". Isto porque o aumento do salário mínimo foi de 4,7% ao ano entre 1994 e 2002; de 5,5% ao ano entre 2003 e 2010; e de 3,5% ao ano entre 2011 e 2013.
Ou seja, ele comenta que o reajuste do salário mínimo na era Dilma é menor àquele implementado por Lula e também ao observado no período FHC.
4) "A política neoliberal proposta pela oposição vai prometer arrocho salarial"
Esse ponto guarda relação com o item anterior, disse. Segundo Miranda, o arrocho salarial já vem sendo promovido pela atual política econômica, por meio da disparidade da inflação.
"O que os 'neoliberais' querem é perseguir aumentos de produtividade maiores e duradouros. Isso permitiria dar incrementos de salário substanciais, sem impactar a inflação. Caso contrário, aumentos do salário nominal serão corroídos pela inflação", comenta.
5) "Programa de Marina reduz a pó a política industrial"
Na carta, Miranda diz que Dilma não precisa dessa preocupação, pois ela mesma já teria feito esse serviço, citando que o Plano Brasil Maior, lançado em 2010 com metas para 2014, não conseguiu entregar sequer um de seus vários objetivos.
Ele ataca dizendo que seria pertinente a candidata à reeleição preocupar-se com a própria política industrial antes de amedrontar-se com o programa alheio. "Quem defende uma política de campeões nacionais, em que se escolhem a priori os vencedores da prática concorrencial desafiando a lógica de mercado, não entende absolutamente nada de empreendedorismo e política industrial", critica.
6) "A política monetária foi exitosa"
Ele questiona como a política monetária foi exitosa sendo que a inflação brasileira tem sistematicamente namorado o teto da meta, de 6,5% em 12 meses, ignorando o princípio básico de um sistema de metas, em que o centro do intervalo deve ser perseguido.
"Transformamos o teto no nosso objetivo e represamos cerca de dois pontos de inflação através do controle de preços de combustíveis, energia e câmbio. Esse é o tipo de êxito que esperamos da política econômica?", questiona.
1) "A crise vem de fora"
Como primeira "mentira", Miranda cita o discurso oficial do governo de que a crise vem de fora, como justificativa da recessão técnica em curso no Brasil. O que ele diz? "Olhando para dados da América Latina, o crescimento econômico do governo Dilma será, na média, dois pontos percentuais menor àquele apresentado por nossos vizinhos, enquanto nos governos Lula e FHC avançamos na mesma velocidade".
Em relação aos países latinos que adotaram políticas econômicas ortodoxas e perseguiram uma agenda de reformas, o quadro é ainda pior: Chile, Colômbia e Peru cresceram 4,1%, 4% e 5,6% ao ano, entre 2008 e 2013. Enquanto isso, a evolução média do PIB brasileiro na administração de Dilma deve ser de 1,7% ao ano.
2) "A política neoliberal vai aumentar o desemprego"
O segundo ponto é que com o PIB desacelerando por conta da política heterodoxa do governo, cedo ou tarde isso baterá no emprego. "Podemos não conseguir precisar qual a exata função de produção, ou seja, de como o PIB se relaciona com o nível de emprego, mas não há como contestar a existência de relação entre as variáveis", disse.
Segundo Miranda, o crescimento econômico da era Dilma é o menor desde Floriano Peixoto, governo terminado em 1894, subsequente à crise do encilhamento. "Há uma transmissão óbvia desse comportamento para o emprego", disse.
3) "A oposição quer acabar com o reajuste do salário mínimo"
Para ele, essa é mais uma "mentira escabrosa": primeiro porque os dois candidatos da oposição já se comprometeram em manter a política de reajuste de salário mínimo; segundo, pois quando Dilma se coloca como protetora do salário mínimo está simplesmente "contrariando as estatísticas". Isto porque o aumento do salário mínimo foi de 4,7% ao ano entre 1994 e 2002; de 5,5% ao ano entre 2003 e 2010; e de 3,5% ao ano entre 2011 e 2013.
Ou seja, ele comenta que o reajuste do salário mínimo na era Dilma é menor àquele implementado por Lula e também ao observado no período FHC.
4) "A política neoliberal proposta pela oposição vai prometer arrocho salarial"
Esse ponto guarda relação com o item anterior, disse. Segundo Miranda, o arrocho salarial já vem sendo promovido pela atual política econômica, por meio da disparidade da inflação.
"O que os 'neoliberais' querem é perseguir aumentos de produtividade maiores e duradouros. Isso permitiria dar incrementos de salário substanciais, sem impactar a inflação. Caso contrário, aumentos do salário nominal serão corroídos pela inflação", comenta.
5) "Programa de Marina reduz a pó a política industrial"
Na carta, Miranda diz que Dilma não precisa dessa preocupação, pois ela mesma já teria feito esse serviço, citando que o Plano Brasil Maior, lançado em 2010 com metas para 2014, não conseguiu entregar sequer um de seus vários objetivos.
Ele ataca dizendo que seria pertinente a candidata à reeleição preocupar-se com a própria política industrial antes de amedrontar-se com o programa alheio. "Quem defende uma política de campeões nacionais, em que se escolhem a priori os vencedores da prática concorrencial desafiando a lógica de mercado, não entende absolutamente nada de empreendedorismo e política industrial", critica.
6) "A política monetária foi exitosa"
Ele questiona como a política monetária foi exitosa sendo que a inflação brasileira tem sistematicamente namorado o teto da meta, de 6,5% em 12 meses, ignorando o princípio básico de um sistema de metas, em que o centro do intervalo deve ser perseguido.
"Transformamos o teto no nosso objetivo e represamos cerca de dois pontos de inflação através do controle de preços de combustíveis, energia e câmbio. Esse é o tipo de êxito que esperamos da política econômica?", questiona.